terça-feira, 2 de junho de 2009

Ana Cristina Cesar...foi Poetisa Brasileira...

Ana Cristina Cruz Cesar nasceu no Rio de Janeiro, em 2 de junho de 1952.
Biografia
Filha do sociólogo Waldo Aranha Lenz Cesar e da professora Maria Luiza Cesar, era de uma família culta de classe média e protestante. Também conhecida pelos amigos como Ana C.,
Criou-se entre Niterói, Copacabana e os jardins do velho Bennet.
Tornou-se uma das principais poetas da geração mimeógrafo ou da chamada “literatura udigrudi” ou “marginal” da década de 70.Começou a escrever ainda criança - antes mesmo de ser alfabetizada, aos 4 anos, ditava poemas para que a mãe os escrevesse.
A escrita sempre lhe dominou a vida.Em 1969, viajou à Inglaterra em intercâmbio e passou um período em Londres, onde travou contato com a literatura em língua inglesa.
Quando volta da Inglaterra, com obras de Emily Dickinson (EUA), Sylvia Plath (EUA) e Katherine Mansfield (Nova Zelândia) na mala, dedica-se a escrever, traduzir e entra para a Faculdade de Letras da PUC do Rio, aos 19 anos.

Começa a publicar poemas e textos de prosa poética na década de 1970 em coletâneas, revistas e jornais alternativos. Seus primeiros livros, Cenas de Abril e Correspondência Completa, são lançados em edições independentes.
As atividades não param: pesquisa literária, um mestrado em comunicação na UFRJ, outra temporada na Inglaterra para um mestrado em tradução literária (na Universidade de Essex), em 1980, e a volta ao Rio, onde publicou Luvas de Pelica, escrito na Inglaterra.
Em suas obras, mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.
Suicidou-se em 29 de outubro de 1983, atirando-se do apartamento dos pais.
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Obra
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Poesia:
- A Teus Pés - (1982)
- Inéditos e Dispersos - (1985)
- Novas Seletas (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)
Crítica:
- Crítica e Tradução - (1999)
Variados:
- Correspondência Incompleta
- Escritos no Rio (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)
- Escritos em Londres (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)
- Antologia 26 Poetas Hoje, de Heloísa Buarque de Hollanda
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A Ponto de Partir
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A ponto de
partir, já sei
que nossos olhos
sorriam para sempre
na distância.
Parece pouco?
Chão de sal grosso, e ouro que se racha.
A ponto de partir, já sei que nossos olhos sorriem na distância.
Lentes escuríssimas sob os pilotis.

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