quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O capitalismo do medo

Ao contrário do que perspectivaram os arautos do capitalismo como o fim da História, ao olhar­mos para a realidade comprova­mos que o capitalismo não só não é capaz de resolver os pro­blemas do ser humano, como os agrava. O mundo está hoje mais injusto e desigual. A face mais vi­sível do capitalismo, aliada às suas mais significantes caracte­rísticas - exploração, agressão, guerra - conduz a humanidade para uma situação preocupante. Os incautos pregadores deste atroz sistema convencionaram que o mundo assim é e assim se­rá sempre, que sempre houve exploração, ricos e pobres, que a miséria e a opulência são banais. Que é aceitável fomentar guer­ras, agressões ou ocupações que vitimam milhares de seres. O medo é hoje a arma de destrui­ção maciça mais terrível. Tem-se medo de perder o emprego, da subida das taxas de juro, da gripe das aves, de um atentado, dos ali­mentos, da camada de ozono, medo até do próprio medo. En­quanto isso, o sistema capitalista blinda-se, criando barreiras de exclusão e implementando me­didas securitárias que cada vez mais amordaçam os nossos di­reitos e sufocam a nossa liberda­de. A sociedade tem de se organi­zar de outra forma.
josé Manuel Fernandes Rio Tinto
(leitor da imprensa escrita standard)

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