
Ficou conhecida a frase em que ele define a associação entre guerra e política: “a guerra é a continuação da política por outros meios”.
Especificamente, Clausewitz considerava fundamental que a Guerra estivesse sempre submetida à Política. Isto pois nenhuma guerra pode ser vencida sem a compreensão precisa dos objetivos¸ da disposição de meios¸ ao cálculo racional das capacidades e das oportunidades, estabelecendo os limites éticos ao uso da força, sempre submetida aos objetivos políticos estabelecidos.
Von Clausewitz é considerado um grande mestre da arte da guerra. Sua lições de tática e estratégia vão, porém, além dos exercícios militares propriamente ditos, para se constituírem, inclusive, numa profunda reflexão sobre a filosofia da guerra e da paz.
Essa reflexão contém observações éticas que são válidas para a formação militar em todo tempo, mesmo na ocorrência do que, nos nossos dias, veio a chamar-se "guerra interna". Para Clausewitz, a destruição física do inimigo deixa de ser ética, quando ele pode ser desarmado em vez de morto.
Defensor da superioridade da defesa e das capacidades defensivas frente ao ataque e capacidades ofensivas, a argumentação de Clausewitz comumente é sintetizada na noção de que o melhor ataque é uma ótima defesa.
Mais precisamente, Clausewitz demonstra a superioridade da defesa enquanto elemento de dissuasão e enquanto tática de combate, pois permitiria, desde o desgaste do invasor em uma guerra de atrito, até a possibilidade de escolha do momento correto para contra-atacar as forças adversárias.
Sem comentários:
Enviar um comentário