segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Que escola querem os pais?...

As declarações do presidente da CONFAP, na sequência de mais uma grandiosa demonstração da contestação ao modelo de avaliação mesmo na versão "simplex", não deixam dúvidas do tipo de escola que esta Confederação de Pais defende.
Curiosamente, em vez de se questionar a Ministra da Educação e o Governo como primeiros e principais responsáveis pela instabilidade criada nas escolas dos seus educandos, a CONFAP vem agora a despropósito desviar as atenções do essencial, da defesa da escola pública, para defender serviços mínimos na educação.
Segundo o presidente da CONFAP, em futuras greves deve ser assegurada o que chamam "a guarda das crianças", ou seja, a assumida ideia hipocritamente camuflada de que a escola é o "armazém" em que os pais descarregam a "carga" à porta da escola que guarda os filhos durante o dia, como se fosse esta a sua principal missão na sociedade.
Certamente que, depois de ter reconhecido que o processo da avaliação estava de facto parado na generalidade das escolas, foi difícil digerir mais esta surpreendente resposta dos professores que não se iludiram no canto de sereia do processo simplificado e não temeram a arrogância governamental...
Mas se os pais não se assumem na defesa da escola pública e das condições necessárias para efeitos positivos sobre a qualidade do ensino/aprendizagem, terão que ser estes profissionais da educação a assumi-lo.
José Lopes
in Esquerda.net

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