terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O desemprego não é só números. E as pessoas???...

Em 2006 o Governo alterou as regras de atribuição e cálculo do subsídio de desemprego e em 2009, mesmo perante uma situação gravíssima, recusa-se a emendar a mão e tomar, também nesta situação, medidas excepcionais de apoio aos desempregados e desempregadas.
A crise está aí e ninguém sabe quando abrandará. É Teixeira dos Santos que diz que "as previsões valem o que valem", quando apresentou o orçamento rectificativo para 2009. Até o Governo já reconhece que o desemprego é o grande problema do país.
Reconhece mas recusa o reforço da protecção social a uma faixa cada vez mais significativa da população.
O desemprego real já atinge cerca de 10% da população e a sua subida este ano é inevitável. Cerca de metade dos desempregados não tem direito a subsídio.
Em 2006 o Governo alterou as regras de atribuição e cálculo do subsídio de desemprego e em 2009, mesmo perante uma situação gravíssima, recusa-se a emendar a mão e tomar, também nesta situação, medidas excepcionais de apoio aos desempregados e desempregadas. Apoios às famílias que hoje vivem o drama do desemprego.
No Orçamento do Estado para 2009 o valor atribuído ao subsídio de desemprego era inferior ao de 2008, que por sua vez já era inferior ao de 2007.
As regras em vigor penalizam sobretudo quem só tem acesso a contratos de curta duração, penalizam sobretudo os jovens - a geração mais qualificada de sempre mas que não consegue ter estabilidade e direitos no emprego.
Ao recusar alterar os prazos de acesso e ao tempo de duração do subsídio, o Partido Socialista revela uma completa e descarada insensibilidade social e uma opção clara sobre as suas prioridades em tempo de crise.
Será que os desempregados não merecem, também eles, medidas excepcionais para fazer face à crise?
Helena Pinto
in Esquerda.net

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