
Formou-se no Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa e, como agrónomo trabalhou em Portugal, Angola e na Guiné, onde, em 1953, procedeu ao primeiro recenseamento agrícola do país.
Em 1956, juntamente com outros cinco patriotas fundou o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) que dirigiu na qualidade de Secretário-Geral até à data da sua morte.
Revolucionário humanista de sentido universal, deu, através do seu pensamento e da sua acção, uma contribuição inestimável à luta de libertação dos povos oprimidos.
Na sua produção literária, destacam-se textos políticos, culturais e poesias. Colaborou em algumas revistas e publicações científicas.
Um Poema de Cabral...
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REGRESSO
REGRESSO
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Mamãe Velha, venha ouvir comigo
O bater da chuva lá no seu portão.
É um bater de amigo
Que vibra dentro do meu coração
.
A chuva amiga, Mamãe Velha, a chuva,
Que há tanto tempo não batia assim...
Ouvi dizer que a Cidade-Velha
– a ilha toda –
Em poucos dias já virou jardim...
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Dizem que o campo se cobriu de verde
Da cor mais bela porque é a cor da esp’rança
Que a terra, agora, é mesmo Cabo Verde.
– É a tempestade que virou bonança...
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Venha comigo, Mamãe Velha, venha
Recobre a força e chegue-se ao portão
A chuva amiga já falou mantenha
E bate dentro do meu coração!
O bater da chuva lá no seu portão.
É um bater de amigo
Que vibra dentro do meu coração
.
A chuva amiga, Mamãe Velha, a chuva,
Que há tanto tempo não batia assim...
Ouvi dizer que a Cidade-Velha
– a ilha toda –
Em poucos dias já virou jardim...
.
Dizem que o campo se cobriu de verde
Da cor mais bela porque é a cor da esp’rança
Que a terra, agora, é mesmo Cabo Verde.
– É a tempestade que virou bonança...
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Venha comigo, Mamãe Velha, venha
Recobre a força e chegue-se ao portão
A chuva amiga já falou mantenha
E bate dentro do meu coração!
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