Biografia
Filho do capitão-tenente e engenheiro naval Artur Augusto de Carvalho e de Alice Paula e Silva Figueiredo de Carvalho, fez o curso secundário no Colégio Abílio.Entrou na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais, fazendo bacharelado em 1912.
Desde 1910 trabalhava como jornalista, no Diário de Notícias, cujo diretor era Ruy Barbosa.Em sua ida para a Europa, cursou Filosofia e Sociologia em Paris.
Ao voltar para o Brasil, entrou para o Itamaraty. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, movimento determinante do Modernismo brasileiro.
Em 1924, dirigiu a Seção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Durante a gestão de Félix Pacheco, esteve no México, como hóspede de honra daquele governo. Em 1926, foi oficial de gabinete do ministro Otávio Mangabeira.
Exerceu cargos diplomáticos de relevância, servindo na Embaixada de Paris, com o embaixador Sousa Dantas, por dois anos, e depois em Haia (Países Baixos). Retornou a Paris, de onde, em 1933, foi removido para o Rio de Janeiro.Foi secretário da Presidência da República, cargo que ocupava quando morreu. ´
Em concurso realizado pelo Diário de Notícias, em 1935, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em substituição a Coelho Neto. Colaborou, com destaque, em O Jornal.
Casou com Leilah Accioly de Carvalho, com quem teve quatro filhos.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de fevereiro de 1935, vítima de acidente automobilístico, ocorrido em 19 de janeiro.
Obras
Luz Gloriosa (1913)
Pequena História da Literatura Brasileira (1919)
Poemas e Sonetos (1919)
Epigramas Irônicos e Sentimentais (1922...
Toda a América (1926)
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Écloga tropical
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Entre a chuva de ouro das carambolas
e o veludo polido das jabuticabas,
sobre o gramado morno,
onde voam borboletas e besouros,
sobre o gramado lustroso
onde pulam gafanhotos de asas verdes e vermelhas,
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Entre a chuva de ouro das carambolas
e o veludo polido das jabuticabas,
sobre o gramado morno,
onde voam borboletas e besouros,
sobre o gramado lustroso
onde pulam gafanhotos de asas verdes e vermelhas,
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Salta uma ronda de crianças!
O ar é todo perfume,
perfume tépido de ervas, raízes e folhagens.
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O ar é todo perfume,
perfume tépido de ervas, raízes e folhagens.
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O ar cheira a mel de abelhas...
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E há nos olhos castanhos das crianças
a doçura e o travor das resinas selvagens,
e há nas suas vozes agudas e dissonantes
um áureo rumor de flautas, de trilos, de zumbidos
e de águas buliçosas...
a doçura e o travor das resinas selvagens,
e há nas suas vozes agudas e dissonantes
um áureo rumor de flautas, de trilos, de zumbidos
e de águas buliçosas...
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