As Europeias do próximo domingo confrontam os portugueses com grandes dúvidas: que voto é este que só serve para castigar partidos no Governo?
Que contas prestam os deputados europeus cuja inclusão em listas partidárias funciona como prémio de fidelidade aos líderes em funções?A rubrica do Correio da Manhã ‘Nós, Portugueses’, que segue a cobertura da campanha às europeias, é um tesouro de reflexão.
Ouve-se pessoas de regiões de onde partiram muitos emigrantes, que são os mais genuínos europeus da actualidade, e não se descobre ponta de interesse pelas instituições europeias.
O tempo continua dos estados nacionais da Europa, que só uma minoria (e não apenas na céptica Grã-Bretanha) gostaria de ver unidos. A integração incomoda e o federalismo a partir dos actuais estados assusta. O Tratado de Lisboa, que remendou a rejeitada Constituição Europeia, é tão pouco querido que nem aos portugueses entusiasma.
No entanto, é indiscutível que com a utopia Europa se gerou uma medida influente na paz social.As europeias parecem, contudo, uma votação tipo reality show para se saber quem ganha emprego no Parlamento Europeu.
A Europa, como realidade e utopia, está longe e parece apenas um álibi.
O voto, arma do povo, não é para aqui chamado.
João Vaz
in CM
domingo, 31 de maio de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário