quarta-feira, 27 de maio de 2009

E vai um


Dias Loureiro pede demissão

do Conselho de Estado

Envolvimento no caso BPN ditou afastamento

Manuel Dias Loureiro não resistiu à pressão e pediu a demissão do Conselho de Estado. O ex-administrador da SLN terá renunciado numa audiência com Cavaco Silva, que teve lugar ao início da tarde, no Palácio de Belém.

Segundo o jornal «Sol» também foi pedida uma audiência ao Procurador-Geral da República. A Procuradoria-Geral da República já reagiu já reagiu e ao tvi24.pt disse desconhecer qualquer pedido de Dias Loureiro para ser ouvido no âmbito do caso BPN e acrescenta que este «não anunciou nem tinha que anunciar» ao Ministério Público a decisão de se demitir do Conselho de Estado.


O Bloco de Esquerda também reagiu à demissão do ex-ministro de Cavaco Silva. Miguel Portas, um dos que defensores da saída de Dias Loureiro do Conselho de Estado, soltou um «Finalmente!», quando foi confrontado com o abandono. Leia aqui toda a reacção.

Já Paulo Rangel considerou que a decisão de Dias Loureiro revela «sentido de Estado e respeito pela instituição do Estado português». Leia aqui toda a reacção.

In Portugal Diário

Espera-se que, finalmente, a Justiça tenha pernas para andar. Estou certo que o velho adágio "zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades" vai dar pano para mangas, até porque as oito horas de permanência de Oliveira e Costa na comissão de inquérito da Assembleia da República também foi um bem encenado exercício de vingança, servida a frio.

Recusando responder à maioria das perguntas concretas dos deputados - e, portanto, em nada contribuindo para a descoberta da verdade - disparou em todas as direcções, escolhendo como alvo principal quem mais o tinha comprometido, isto é, Dias Loureiro.

Acresce que a vasta documentação entregue por Nuno Melo, contém indícios fortes, quando não mesmo provas, de algumas das inúmeras fraudes cometidas pela administração do BPN, e nela surgem com frequência as assinaturas de Dias Loureiro e Oliveira e Costa.

Depois de apurar as responsabilidades individuais de todos e cada um dos membros da administração e da gerência, importa saber aonde estão os milhares de milhões de euros do buraco financeiro apurado e quem os meteu ao bolso.

Este processo constitui uma magnífica oportunidade para a Justiça portuguesa recuperar do descrédito em que caiu.

Álvaro Fernandes

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