Não falamos em papel, falamos de ebooks...
Já imaginou ir de férias e não ter de levar «toneladas de papel» atrás de si para conseguir ler um livro? Conseguir levar consigo 2000 livros, debaixo do braço, a pesarem apenas 20 gramas? Em época de Feiras de Livro, fomos à procura de outras soluções, para além do suporte clássico de papel.
Falamos de ebooks, os livros digitais que podem ser lidos através de suportes como o famoso Kindle da Amazon, o Sony PRS 700 da Sony e o Cybook da Bookeen.
Em declarações ao tvi24.pt, Ricardo F. Diogo, autor do blogue Ler-Digital, explicou como funciona esta «revolução». «Os livros digitais não são senão livros num ficheiro informático com todas as potencialidades que isso implica». Pesquisar directamente no livro, por palavra expressão ou uma frase, navegar a partir do índice directamente para capítulo desejado ou traduzir o livro, são algumas das potencialidades destes aparelhos.
Para este aficionado, a «grande vantagem destes livros tem a ver com a possibilidade de serem distribuídos instantaneamente para milhões de utilizadores que estejam em qualquer parte do mundo». Devido a este facto, «a importância também das bibliotecas digitais, que incluem digitalizações de livros, esteja a aumentar».
«Antes, precisávamos de carregar quilos de papel, hoje, num leitor de livros electrónicos, podemos carregar centenas, senão milhares de livros em poucos gramas», afirma Ricardo F. Diogo.
Quanto custa ter livros em suporte digital?
Considerado como o «futuro dos livros», este «mundo» precisa de ser explicado. «Há duas coisas que temos de distinguir. Uma coisa é o livro propriamente dito, outra coisa são os suportes de leitura desses livros», refere Ricardo F. Diogo.
«Esses dispositivos em si custam entre 300 a 500 euros, depende. Um livro propriamente dito também depende. Uma coisa é um livro em domínio publico outra coisa é um livro protegido por direitos de autor. Um livro em domínio público é gratuito, retira-se da internet de sites como o Projecto Guttenberg. Depois temos os livros digitais vendidos, que estão protegidos por direitos de autor. Existem algumas livrarias online, como a Mobipocket e a Amazon, em que os livros podem custar entre 10 e 20 euros».
«À partida, teoricamente, um livro digital pode ser muito mais barato do que um livro em papel». No entanto, e porque toda esta tecnologia ainda está no inicio, «esta diferença ainda não é significativa».
«Sem dúvida nenhuma que com a massificação dos livros digitais» isso se pode vir a verificar.
Podemos nós viver sem livros de papel?
«Não acho que o papel vá desaparecer nos próximos tempos, embora esteja convencido que daqui a 100 anos já ninguém lerá em livros em papel», começa por dizer o autor de Ler-Digital. Para Ricardo F. Diogo, o livro em papel irá tornar-se «numa relíquia, num objecto de luxo».
«O livro em papel, no futuro, vai servir como relíquia nas bibliotecas, quase como coleccionismo», afirma.
No entanto, «o que interessa é que o leitor possa optar entre o papel e o digital durante muitos anos», apesar de ser «previsível» um futuro só com livros digitais.
Questionado sobre editores portugueses com distribuição de livros digitais, Ricardo F. Diogo afirma que «ainda não existem, mas editores com visão irão apostar em livros digitais porque é um mercado em expansão»
In Portugal Diário
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