sábado, 9 de maio de 2009

Ascenso Ferreira...Foi Poeta Brasileiro...

Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares, 9 de maio de 1895Recife, 5 de maio de 1965) foi um poeta brasileiro.
Biografia
Órfão aos treze anos de idade, passou a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publicou no jornal A Notícia de Palmares o seu primeiro poema, Flor Fenecida.Em 1920, mudou-se para o Recife, onde tornou-se funcionário público e passou a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais.
Em 1922 casou-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literário pernambucano Fernando Griz, mas este casamento não durou muito.Em 1925, participou do movimento modernista de Pernambuco e, em 1927, publicou seu primeiro livro, Catimbó. Viajou a vários estados brasileiros para promover recitais.Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela.
Em 1948 nasceu Maria Luísa, filha do casal.
Em 1941 publicou o seu segundo livro Cana Caiana.
O terceiro livro Xenhenhém estava pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de Poemas, que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema O trem de Alagoas, musicado por Villa-Lobos.
Em 1955, participou ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro.
Em 1966, foi nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceitava que o poeta e boêmio irreverente assumisse o cargo.
Foi nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário.
Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lançou Catimbó e outros poemas.
Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca.
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A força da lua
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Não te chegues assim, para mim...
Ó Maria!
Ai! Não te chegues não...
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A lua cheia tem muita força,
Maria!
- E o luar sempre foi a nossa perdição...
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O vento que assopra,
assopra com força...
Há forças nas águas,
- Repara a maré!
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E há forças também ocultas na gente,
talvez que as das águas maiores até...
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Não te chegues assim, para mim...
Ó Maria!
Ai! Não te chegues não...
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Há força nas águas, há força nos ventos
e forças que em nós ocultas estão...
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A lua cheia tem força muita, Maria!
- E o luar sempre foi a nossa perdição!

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