segunda-feira, 4 de maio de 2009

Paulo Setúbal...Foi Escritor e Poeta Brasileiro...

Paulo de Oliveira Leite Setúbal (Tatuí, 1 de janeiro de 1893São Paulo, 4 de maio de 1937) foi um escritor brasileiro.
Biografia
Era casado com Francisca de Sousa Aranha, com quem teve três filhos Maria Vicentina, Teresinha e Olavo Egídio Setúbal.
Formou-se, em 1914, bacharel em Direito, em São Paulo. Na época já havia tido poema publicado na primeira página do jornal A Tarde. Em 1920 ocorreu a publicação de seu livro de poesia Alma Cabocla, cuja edição, de três mil exemplares, esgotou-se em um mês.
Entre 1925 e 1935 publicou vários romances históricos, entre eles A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau e A Bandeira de Fernão Dias.
Em 1926, trabalhou como colaborador do jornal O Estado de S. Paulo.
Nos anos de 1928 e 1930 foi deputado estadual, mas renunciou ao mandato por ter agravada sua tuberculose.Publicou, nos anos seguintes, livros de contos, crônicas e memórias.
Poeta vinculado à estética parnasiana, Paulo Setúbal tematizou em seus versos a vida dos camponeses, dos caboclos do interior de São Paulo.
Pela escolha do tema, na época foi chamado de "poeta regional".
Foi também famoso e respeitado autor de obras de temática histórica, dentre as quais se destacam o romance A Marquesa de Santos (1925) e o livro de crônicas O Ouro de Cuiabá (1933).
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Derradeira Saudade
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Paixão fugaz... Ventura passageira...
Rosa que não colhemos da roseira,
Mas que esteve, no galho, ao nosso alcance.
Ah! Quanta vez, num desespero mudo,
Eu quedo-me a cismar naquilo tudo,
Que encheu de sol nosso cruel romance!
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Bendigo ainda os beijos que maldizes,
Que abriram na minhalma cicatrizes,
Que encheram de ambrosias nossa boca;
Só me consola, nesta dor pungente,
Lembrar que te adorei perdidamente,
Lembrar que me adoraste como louca!
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Mudaste muito, eu sei... Mas, com certeza,
Nas horas de saudade e de tristeza,
Em que a alma chora e o coração nos trai,
Hás de pensar em mim de quando em quando,
Com lágrimas nos olhos relembrando
— Toda essa história que tão longe vai!

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