domingo, 30 de novembro de 2008

O PSD? Onde?...

Devo confessar que não entendo o que se está a passar no PSD. Se calhar é coisa só para iluminados e sou estúpido demais para tão grande prospecção.
Devo dizer, ainda, que não apoiei nenhum dos três candidatos, dos quais saiu a nova líder do PSD. Não apoiei por razão nenhuma. Estava sem paciência. Mas expectante.
Desde que Durão Barroso se pirou a caminho de Bruxelas que a senhora é a incarnacão do grande futuro do PSD. Sabe-se que fez parte do grupo que arrasou Santana Lopes. Ela, ou os seus colaboradores, disse de Lopes aquilo que o diabo não diz da cruz. E temos de reconhecer. As gaffes de Santana ajudaram a festa.
Com Luís Filipe Menezes, a actual presidente foi esfíngica. Menezes poderia dizer, ou não dizer, que estava marcado para morrer. O grupo ligado à senhora arrasou-o ainda não tomara posse. Menezes decidiu suicidar-se e chegaram novas eleições, e agora o PSD ia renascer de vez! Com ela, o verdadeiro, o sério, o genuíno PSD estava nas ruas capaz de desafiar o omnipresente poder de Sócrates.
Seis meses depois, olhamos para trás, e só vemos o deserto.
Disse barbaridades que terão feito corar Santana Lopes, e destaco pelo murraço que na altura levei, a forma como decidiu que o casamento é acto para procriar e mais nada.
Depois veio a história do silêncio. Não sei quem aconselhou a senhora, mas seguramente é mais estúpido do que eu, que não entendo nada de política. Num tempo em que os territórios da política são sempre pertença de alguém, calar-se significou entregar ao outro a parte que lhe pertencia. Depois, foi a história dos cabo-verdianos e dos ucranianos, a que se seguiu a ‘boutade’ sobre o salário mínimo, etc, etc.
Menezes arreia-lhe de acordo com as suas memórias mais emotivas. Eu, pessoalmente, não estou aí. Julgo, até, que a idade merece mais respeito. Mas também devo confessar que assistimos a uma desilusão, que, fosse Lopes, Menezes ou outro qualquer mais visível, seria arrastado até ao fim do calvário. Passos Coelho foi inteligente oferecendo-lhe os préstimos. Santana foi prudente não lhe atazanando a vida. E as granadas de Menezes não são suficientes.
A verdade é que esta direcção é um mito de pés de barro.
Jamais houve condições objectivas e subjectivas, como aquelas que estamos a viver, para o principal partido da Oposição se aproximar do partido do Governo. Pelo contrário! Cai nas sondagens. Até a retórica sem imaginação da CDU ganha pontos. O próprio BE. E o PSD cai! Como? Talvez seja de propósito e eu não perceba a táctica. Talvez se esteja a aproveitar para os últimos dez minutos antes de acabar a partida e bombear bolas sobra a área.
Porém, nessa altura já deve estar a levar uma abada de cinco a um ou a dois. Coisa que está na moda. Como se vê nas nossas grandes equipas.
Francisco Moita Flores
in CM

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