sábado, 11 de julho de 2009

A Fisga


«É preciso acordar o PS»

Manuel Alegre e António Costa lançam críticas ao Governo

Manuel Alegre diz que «é preciso acordar o PS». Num artigo publicado este sábado no jornal «Expresso», o histórico dirigente socialista pede uma mudança urgente de estilo, de políticas e de pessoas no PS e apela a um «sobressalto à esquerda».

Deputado há 34 anos, confessa que gostaria de ter visto o partido governar de outra maneira e sublinhou a necessidade de este não esquecer a sua esquerda, pondo de lado um «discurso emprestado».

Apesar de pedir um pouco mais de esquerda, Alegre esclarece que continua a querer o PS, ainda que admita a perda de grande parte da sua base social. No entanto, lembra, ainda há tempo para o partido «acordar».

Esta sexta-feira, em declarações à agência «Lusa», Manuel Alegre admitiu que mesmo depois de em Maio ter anunciado que não integraria as listas do PS teve outros convites por parte da direcção do partido mas sublinhou que a sua resposta está dada: «Eu não posso estar a dizer isso [que não está disponível] de hora a hora, é ridículo, já disse que não integro as listas, está feito».

Alegre referiu ainda que se achasse que o partido «estava a ir na direcção certa com certeza que era candidato a deputado».

«Mas vou tomar posição pelo PS, mantendo todas as divergências e apesar de todas as diferenças sou do PS e manterei a minha posição pelo PS», adiantou o histórico socialista e fundador do PS.

Em vésperas de abandonar as funções de deputado e a vice-presidência do Parlamento, Manuel Alegre confessou naturalmente a sua emoção: «Passei aqui quase metade da minha vida, estou aqui há 34 anos, sou o deputado com mais anos de exercício de funções e claro que recordo com emoção os momentos que aqui se viveram, sobretudo os da construção, da fundação da democracia na Assembleia Constituinte».

«A aprovação da Constituição, o preâmbulo da Constituição que fui eu que redigi e outros momentos, muitos, alguns pacíficos, outros tensos, sobretudo aqueles primeiros momentos em que havia uma grande convicção e um grande idealismo, a sensação de que estávamos a construir um país novo, a fazer história», adiantou.

António Costa critica Governo

Em entrevista ao jornal «i», António responsabiliza o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, pelo sentimento de insegurança que existe na capital.

«Inadmissivel» é o adjectivo empregado por António Costa para o facto de em alguns ministérios ser permitido que os serviços funcionem como um estado dentro do próprio estado.

O autarca de Lisboa afirma que o Governo é desigual, isto porque, o relacionamento com as tutelas da Saúde e da Educação, muito positivo, contrasta com outros ministérios com os quais a relação tem sido má, cujos destinatário são Mário Lino e Rui Pereira.

António Costa sublinha por exemplo que em Lisboa há um maior sentimento de insegurança e não compreende que a PSP tenha uma divisão de trânsito com 600 efectivos quando é competência dos municípios fazer o policiamento de trânsito.
In Portugal Diário

2 comentários:

Anónimo disse...

O Autarca Costa andou pelos meios de comunicação social ,nomeadamente na Quadratura do Círculo a defender os seus pares socialistas a torto e a direito contra tudo e contra todos.
Agora que se aproximam "novas oportunidades" de tacho está armado em queixinhas.
Porque não falou antes contra os ministros que agora ataca?
Parece-me a mim que apenas andou pela Câmara armado em "cobrador do fraque".
Não chega Sr Costa, defina-se de vez e saia do PS.

Anónimo das 14:40 disse...

Quando disse "cobrador do fraque " queria dizer "pagador do fraque".As minhas desculpas ao sr Costa.