A ministra da Educação foi ontem obrigada a abandonar a cidade de Fafe. Ao final da tarde, foi recebida por cerca de 300 alunos que gritaram palavras de ordem e atiraram ovos. A viatura oficial teve de ser evacuada a alta velocidade para fora da cidade, em direcção à auto-estrada.
A situação levou ao cancelamento do programa que restava cumprir. Maria de Lurdes Rodrigues, que ia entregar diplomas a formandos no Centro de Novas Oportunidades da Escola Profissional de Fafe, já nem saiu do automóvel.
O carro onde seguia a directora da DREN, Margarida Moreira, foi também alvo da fúria dos manifestantes, assim como o presidente da Câmara de Fafe e o vereador da educação. A situação acalmou com a chegada da GNR, que identificou alguns alunos, para, momentos depois, se precipitar com ânimos mais exaltados. Alguns jovens ficaram com escoriações em confrontos com as autoridades e tiveram de receber tratamento.
O carro onde seguia a directora da DREN, Margarida Moreira, foi também alvo da fúria dos manifestantes, assim como o presidente da Câmara de Fafe e o vereador da educação. A situação acalmou com a chegada da GNR, que identificou alguns alunos, para, momentos depois, se precipitar com ânimos mais exaltados. Alguns jovens ficaram com escoriações em confrontos com as autoridades e tiveram de receber tratamento.
'No início estava tudo calmo, mas depois a GNR actuou e alguns levaram bastonadas', disse ao CM fonte dos bombeiros locais. O presidente da C. M. Fafe, José Ribeiro, pediu desculpas públicas à ministra. O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou, à noite, que o incidente foi 'absolutamente lamentável'.
O dia da ministra já começaramal.Duranteainauguração do Centro Educativo doAgrupamentode Escolas do Padre Joaquim Flores em Revelhe, Maria de Lurdes Rodrigues foi vaiada por dezenas de alunos, que cercaram o carro à saída da escola.
O dia da ministra já começaramal.Duranteainauguração do Centro Educativo doAgrupamentode Escolas do Padre Joaquim Flores em Revelhe, Maria de Lurdes Rodrigues foi vaiada por dezenas de alunos, que cercaram o carro à saída da escola.
A maioria dos professores realizava ao mesmo tempo, de preto, um protesto silencioso. 'Estamos de luto e em luta contra a política educativa e o processo de avaliação', disse ao CM Hugo Fernandes, docente e delegado do Sindicato dos Professores do Norte.
A ministra acusou os sindicatos de faltarem ao acordo celebrado no âmbito da avaliação do desempenho dos docentes. 'Não se pode rasgar unilateralmente um entendimento sem negociação e sem dizer do que se discorda', referiu, garantindo que 'todas as escolas estão a concretizar o sistema', ao contrário do que uma SMS colocada a circular ontem indicava. 'Apelar ao caos não é política educativa' criticou a ministra, que anunciou ainda que o novo programa de concurso para os professores, apresentado ontem em Lisboa, 'reforça a estabilidade na vida dos professores, destacados agora por quatro anos'.
A ministra acusou os sindicatos de faltarem ao acordo celebrado no âmbito da avaliação do desempenho dos docentes. 'Não se pode rasgar unilateralmente um entendimento sem negociação e sem dizer do que se discorda', referiu, garantindo que 'todas as escolas estão a concretizar o sistema', ao contrário do que uma SMS colocada a circular ontem indicava. 'Apelar ao caos não é política educativa' criticou a ministra, que anunciou ainda que o novo programa de concurso para os professores, apresentado ontem em Lisboa, 'reforça a estabilidade na vida dos professores, destacados agora por quatro anos'.
'Isso é com o primeiro-ministro', foi como o socialista Manuel Alegre respondeu à pergunta sobre se a ministra da Educação deveria ser demitida pela inflexibilidade e falta de diálogo com que está a tratar o descontentamento dos professores.
Ministra da Educação bombardeada com ovos
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