Na contagem decrescente para a eleição presidencial na América, o mundo aguarda, ansioso, o nome do vencedor.
Qualquer que seja o resultado haverá mudanças, isso sim. Mas essas mudanças serão exclusivamente no que respeita à política doméstica.
É bom não esquecer que o facto de os Estados Unidos serem a potência hegemónica mundial e, evidentemente, não estarem dispostos a perder esse papel, torna secundário o inquilino da Casa Branca.
Esse entreter-se-à a resolver o problema da "bolha", a falência dos bancos e a salvar o sagrado mercado financeiro, o neoliberalismo e, o sistema capitalista.
Antes e acima de tudo, é bom não esquecer que a economia americana assenta no complexo militar industrial.
Para isso, continua a precisar do petróleo que, por sua vez, lhe permite manter e desenvolver a sua economia através de guerras.
E isso, será infelizmente inevitável enquanto não houver vontade e força para mudar o sistema.
Sem prazer, mas com sinceridade, aqui fica a minha opinião.
Dentro de pouco tempo, contado por alguns meses, saberemos todos o que digo.
Álvaro Fernandes
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4 comentários:
Repare só Sr A. Fernandes se tudo se resumisse como diz com um clic e "mudem o sistema " não valeria a pena aos americanos alguns debaixo de tempestade em alguns estados terem saído da cama para irem votar nem que seja no mal menor. Penso eu que o mal menor será mesmo o Obama.
O Sr acredita em "milagres " de "mudem o sistema". Gostava de perceber como é que isso se consegue no estado a que o mundo chegou.
Grato pelo seu comentário, claro que isso não acontecerá com um "clic".
Note que escrevi "com vontade e força".
Isso demorará, é certo.
Não será "um milagre".
Será uma necessidade da Humanidade que, infelizmente, ainda há-de demorar e custar muitas vidas, sofrimentos e guerras.
Quanto ao Sr. Obama ser o mal menor...bem...qualquer que seja o novo inquilino, ao nível mundial é indiferente.
Claro que será uma vitória contra o racismo, o que já é muito bom.
Fora disso, já disse e mantenho o que penso.
Caro amigo, em termos gerais concordo com o que dizes, principalmente agora em que a economia americana perdeu grande parte da sua indústria por a ter deslocalizado para a Ásia.
Para dar emprego aos americanos restam os serviços, a alta finança (que deu o resultado que deu, e está a afectar todo o mundo) e... a indústria de armamento.
Portanto, como indústria, resta o complexo militar industrial, inestimável valor social (emprego), político(alimentar as forças armadas e "muscular" a política externa) e económico (enormes lucros). Não nos esqueçamos que a venda de armas é um negócio mais lucrativo do que o tráfico de drogas.
Caro Abacaxi
à medida que os dias forem passando, verás que não somos os únicos a perceber que os Estados Unidos - enquanto a sua economia depender do complexo militar industrial - pouco mudarão na política externa (leia-se bélica)e, portanto, no mundo.
Como disse: haja vontade e força para mudar o sistema. Mas, infelizmente, o sistema vai continuar por mais tempo a ser o mesmo; com o inevitável cortejo de miséria, sofrimento e guerras.
Quanto às intenções de Barak Obama já conhecidas (apressar a retirada do Iraque e reforçar a presença no Afeganistão, com o risco evidente de alastrar ao Paquistão), resta ver que novo país vão invadir. Será o Irão, a Síria...ou outro que tenha petróleo e se "ponha mais a jeito"?...
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