terça-feira, 18 de novembro de 2008

UMA QUESTÃO DE BOM SENSO

Céptico por natureza e por dever de ofício, quis ver com os meus olhos a “ficha de objectivos” da avaliação dos professores.
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Fiquei estarrecido com a imensidão da coisa, sufocado por uma avalanche de papéis e sites, entre declarações de intenções – quantificadas! – sobre factos que nem sequer dependem deles, como a taxa de sucesso ou a prevenção do abandono escolar. Conheci uma professora de desenho que está a ser avaliada por um de ginástica, apontaram-me mestres avaliados por licenciados e há escolas em que avaliador e avaliado disputam a única nota de excelência disponível na quota.
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Como pagador de impostos, quero que os professores das minhas filhas sejam avaliados com rigor. Mas dizer que não há alternativa a este modelo de avaliação é tão demagógico que põe a ministra ao nível do chefe do sindicato.
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João Ferreira, revista Sábado

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