A sucessão de problemas com o BPN e o Banco Privado Português, independentemente de causas diferenciadas, agrava dúvidas terríveis para os próximos meses: onde é que isto vai parar?
Parece mais ou menos evidente que à crise financeira da Banca já se soma uma crise económica. Em termos mais simples: a falta de dinheiro vai bater à porta das empresas e das famílias.
Os centros comerciais estão cheios, os hotéis lotados nos fins-de-semana prolongados, as agências de viagens não dão sinais de abrandamento, mas não tenhamos ilusões de que o que nos espera em 2009 é muito preocupante.
O desemprego é o grande fantasma que se agita no horizonte e o endividamento dos portugueses é um verdadeiro laço sobre o pescoço.
Se a este clima deprimente somarmos a total ausência de entusiasmo que vem do lado da política, então, preparemo-nos mesmo para o inferno.
Basta um desenvolvimento mais dramático de um dos processos judiciais que ameaça o sistema partidário para que a pradaria seja engolida por um trágico incêndio. Ou que a crise toque algum dos gigantes da Banca ou mesmo empresas emblemáticas da nossa economia.
Se assim acontecer, resta-nos o consolo do inevitável efeito regenerador sobre o sistema político e económico. Se é que isso não é já uma trágica utopia...
Eduardo Dâmaso
in CM
domingo, 30 de novembro de 2008
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