domingo, 23 de novembro de 2008

Caio Prado Júnior...Foi um Historiador, Escritor e Politico Brasileiro...

Caio da Silva Prado Júnior (São Paulo, 11 de fevereiro de 1907 — São Paulo, 23 de novembro de 1990) foi um historiador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro.
As suas obras inauguraram, no país, uma tradição
historiográfica identificada com o marxismo, buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.
Biografia
Bacharelou-se em
Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo (1928), onde mais tarde seria livre-docente de Economia Política.
Como intelectual teve importante atuação política ao longo das décadas de
1930 e 1940, tendo participado das articulações para a Revolução de 1930.
A
12 de agosto de 1931, em São Paulo, nasce seu filho (com Hermínia F. Cerquilho), Caio Graco, que mais tarde conduzirá a Editora Brasiliense, fundada pelo pai em 1943.
Publicou, em
1933, a sua primeira obra - Evolução Política do Brasil -, uma tentativa de interpretação da história política e social do país.
Em 1934, ano de implantação da
Universidade de São Paulo (USP), juntamente com os professores Pierre Deffontaines, Luis Flores de Morais Rego e Rubens Borba de Morais, Caio Prado Júnior participou da fundação da Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB, primeira entidade cientíca de caráter nacional.
Após uma viagem à
União Soviética, à época sob a ditadura de Stálin, e a alguns países da Cortina de Ferro, publicou URSS - um novo mundo (1934), edição apreendida pela censura do governo de Getúlio Vargas, que passaria a combater. Ingressou na Aliança Nacional Libertadora, a qual presidiu em São Paulo.
Em
1942 publicou o clássico Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia, que deveria ter sido a primeira parte de uma coletânea sobre a evolução histórica brasileira, a partir do período colonial. Entretanto, os demais volumes jamais foram escritos.
Em
1945 foi eleito deputado estadual pelo Partido Comunista Brasileiro, assim como deputado da Assembléia Nacional Constituinte. Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na seqüência do cancelamento do registro do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Dirigiu o vespertino
A Platéia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e Monteiro Lobato, fundou a Editora Brasiliense, na qual lançou, posteriormente, a Revista Brasiliense, editada entre 1956 e 1964.
Sofreu novas perseguições durante o Regime Militar, após
1964.
Em
1966 foi eleito o Intelectual do Ano, com a conquista do Prêmio Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores, devido à publicação, naquele ano, do polêmico A revolução brasileira, uma análise dos rumos do país após o movimento de 1964.

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