sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

OCDE CONFIRMA PREVISÕES PESSIMISTAS

Este ano vai ser muito difícil para as economias mundiais, o que já se sabia, mas a OCDE veio deitar mais achas à fogueira esta quarta-feira, dia 14 de Janeiro, ao confirmar as previsões feitas em Novembro.
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Os dados foram apresentados durante a visita do economista-chefe da organização, Ángel Gurría (na foto), ao Conselho da Europa, em Estrasburgo: “As economias da OCDE, incluindo a Zona Euro, estão em recessão e assim devem ficar, durante algum tempo, enquanto durar esta crise, que é a pior desde a grande depressão. A crise começou a estender-se às economias emergentes. O crescimento global do comércio está a abrandar de forma significativa. Espera-se uma nova desaceleração em 2009, o que significa que o pior está para vir”.
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A OCDE prevê quebras no PIB da maioria dos países: Menos 0,6% no total da Zona Euro, menos 0,9% nos Estados Unidos e menos 1,1% no Reino Unido.
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Mas o país mais fustigado é a Islândia. Este pequeno Estado, potencial candidato à União Europeia, pode ver o PIB perder cerca de um décimo do valor por culpa da crise. Esta recessão pode obrigar os governos da Europa e dos Estados Unidos a fazer uma nova recapitalização dos bancos, se não se conseguirem livrar dos activos de risco. O relatório da OCDE diz que estes activos representam um grande perigo para o sector bancário global, nesta altura de crise.
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A OCDE recomendou também novas reduções na taxa de juro directora do Banco Central Europeu, o que realmente aconteceu na reunião do BCE de quinta-feira, dia 15.
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Entretanto, o consumo nos Estados Unidos, em Dezembro, caíu pelo sexto mês consecutivo – um recorde absoluto. Foi uma descida duas vezes superior à esperada. As vendas a retalho, excluindo os automóveis, caíram 2,7%, a maior queda desde que este indicador começou a ser contabilizado, em 1992. O valor é surpreendente se tivermos em conta que Dezembro é o mês do Natal. No que toca aos bens mais caros, a queda foi a pique, isto porque os bancos estão relutantes em emprestar dinheiro aos particulares. As vendas de automóveis caíram 36% em relação ao mesmo mês de 2007, enquanto que o sector imobiliário quase não tem vendas.
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As únicas lojas que registaram uma subida nas vendas nos EUA foram as de produtos de saúde e beleza.
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No Reino Unido, as pequenas e médias empresas têm uma nova esperança contra a crise. O governo britânico, aproveitando a ideia do microcrédito (embora os ingleses não lhes chamem assim), aprovou um pacote de ajuda que permite aos pequenos negócios e microempresas conseguir novos empréstimos num valor total de 20 mil milhões de libras, o equivalente a 22 mil milhões de euros.
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Este é o mais recente esforço do primeiro-ministro Gordon Brown, que no momento em que o anunciou, disse: “É uma verdadeira ajuda para os pequenos negócios. É uma medida direccionada, fundamentada e vem juntar-se ao que já fizemos antes”, disse o PM.
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A medida é vista como sendo não só contra a crise, mas também contra a impopularidade do governo, a 18 meses das eleições legislativas. O arquitecto é o ministro do comércio, Peter Mandelson: “Esta crise é, antes de tudo, uma crise de créditos. Muitas empresas estão com falta de financiamentos, por causa da crise nos bancos. Os negócios não vão mal, mas a falta de crédito fez com que reduzissem drasticamente os montantes de capital disponíveis e os bancos estreitassem os critérios de atribuição dos empréstimos”.
Lusa
E Portugal? Já agora, estes meios de análise e de informação ditos internacionais podiam (deviam?) mencionar também a situação do Portugalete, pelo menos para atrapalhar o Sr. Presidente do Conselho, como era chamada o primeiro-ministro no tempo do Botas, para acabar de vez com a Patetice Alegre de "vender" a ideia de que tudo está bem no Reino da Fantasia.

2 comentários:

zigoto disse...

Caro Abacaxi
Pois é.
O que mais me entristeceu (e também divertiu) foi ouvir hoje a voz do sr. João Cravinho - numa das televisões, e por 'cortesia' da rádio que lhe pôs o microfone na boca - a propor que se acabe com os offshores para resolver a crise. O rapaz está zangado com os "paraísos fiscais" para onde fogem os impostos.
Como diria o outro: "ganda descoberta"; se calhar também anda a ler "O Cacimbo"...já há muito denunciamos aqui essa verdadeira organização mafiosa que só serve para os ricos não pagarem impostos.
Organização essa a que "o cravinho", que nunca chegou a ser promovido a cravo, sempre apoiou.
Já agora: a que título continua a existir a "bolsa"? Salvo erro, os jogos de azar pertencem aos casinos e, os de sorte, à Santa Casa da Misericórdia.
Haja quem obrigue estas canalha a terminar com o roubo legal que criaram e permitiram que a banca explorasse, e continue a explorar.
Quanto ao artolas do banqueiro que está preso preventivamente, cheira-me a bode expiatório para entreter o pagode durante umas semanas. Não tarda, e vai para as Bahamas, gozar o rendimento que depositou em nome da mulher de que se divorciou ao fim de quarenta anos e...com a qual continua viver.
É obra!

Jerónimo Sardinha disse...

Caro Abacaxi,
Concordo plenamente com tudo o que cita o nosso Amigo Zigoto, mas permita uma pequena achega ao seu último parágrafo:
- O Senhor Presidente do Conselho, NÃO era chamado SÓ no tempo do ido botas;
Haverá cerca de dois/três meses, ouvi os jornalistas (que temos), embevecidos tratar a "coisa" por esse título, que o dito não corrigiu, dando a sensação, enfática, de felicidade.
É certo que não descobriu nada de novo. Todos os habitantes daquela casa (nossa), têm tentado a parecença, acentuada em Cavaco e Neste.

Quanto aos Cravinhos e Alegres, com o devido respeito (para convosco), estamos conversados.

Bom fim de semana e abraço companheiro,
Jerónimo Sardinha