Ficcionista, dramaturgo, poeta, morreu em Lisboa, em 27 de Janeiro de 2006, onde chegou aos 18 anos e se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras.
Na Casa dos Estudantes do Império, nos anos 50, conviveu estreitamente com alguns dos futuros dirigentes da FRELIMO, MPLA e PAIGC.
Era pai de António Costa, actual presidente da câmara de Lisboa, e de Ricardo Costa, jornalista.
Apaziguador no uso da palavra, não alheado da acção cívica, pulsa na sua obra uma consciência social e política lado a lado com um olhar minucioso sobre o coração dos homens nos seus amores e desamores, na alegria, no sonho, no deserto da solidão.
Colega de Maria Barroso, de Augusto Abelaira e de Jacinto Baptista, Orlando da Costa, militante do PCP desde 1954, apoiou a candidatura de Norton de Matos e foi preso três vezes pela Pide (1950-1953).
Da última vez, permaneceu no cárcere em Caxias por cinco meses e uma semana (acusado de militar em defesa da paz). Aí escreverá a sua tese.
Passou pelo ensino particular até ser proibido de ensinar e trabalhou na publicidade.
À data da morte desenvolvia a sua actividade no PCP, na área da Cultura Literária.
Publica A Estrada e a Voz, seu primeiro livro de poesia, em 1951, Os Olhos sem Fronteira em 1953, Sete Odes do Canto Comum em 1955 e Canto Civil em 1979, colectânea que inclui as obras anteriores e O Coração e o Tempo.
Autor de peças de teatro Sem Flores nem Coroas, 1971 (reeditada em 2003 na colecção de teatro da Sociedade Portuguesa de Autores/Publicações Dom Quixote) e A como estão os cravos hoje?, 1984, premiada pela Seiva Trupe, publicou os romances O Signo da Ira, Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, 1961, Podem Chamar-me Eurídice, 1964, Os Netos de Norton, Prémio Complementar «Eça de Queirós» de Literatura 1994, da Câmara Municipal de Lisboa, e em 2000, O Último Olhar de Manú Miranda.
O título, Vocações/Evocações, reúne, numa selecção muito intencional, o conjunto de poemas que constituem o seu modo de celebrar os 30 anos do 25 de Abril.
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«... Não se pode perder o perfume, nem a frescura, nem a cor vermelha desse cravo que se tornou símbolo de um povo que se fez livre e soube assumir as suas responsabilidades no plenário da democracia. ...»
Orlando da Costa
Orlando da Costa
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