As previsões do Banco de Portugal (BdP) confirmam que o país está em recessão desde Julho e que a riqueza produzida este ano será ainda menor do que em 2008. O Banco confirma o que todos esperavam, até o Governo, que andava a disfarçar há longos meses.
Pode dizer-se que o BdP veio pôr a nu a irresponsabilidade política de Sócrates, mostrando a dimensão do embuste que tentou impingir ao país em 2008: dizendo, primeiro, que Portugal estava imune ao descalabro da economia de casino do capitalismo mundial; dizendo, depois, que Portugal ia crescer, apesar da Zona Euro estar economicamente estagnada; dizendo, a seguir, que todos os outros estavam em recessão mas isso não iria suceder em Portugal; insistindo, nesta linha aldrabona, que Portugal até iria convergir com a Zona Euro; impondo, por fim, um Orçamento mentiroso, onde não há uma única previsão ou número que batam certo, um mapa ou quadro com possibilidades mínimas de execução.
O BdP permite perceber melhor como Sócrates é perito em propaganda política, vendendo gato por lebre e semeando ilusões onde uma dura realidade se abate sobre desempregados sem protecção social, sobre milhares de reformados com pensões inferiores ao salário mínimo, sobre as condições de microempresas com crédito caro, com custos energéticos insuportáveis e a braços com cargas fiscais injustas face às benesses e apoios que os grandes grupos e os bancos continuam a receber.
Sócrates tenta agora vender outra mentira política, a de que nada tem a ver com a situação que se vive.
A crise mundial veio agravar uma situação económica e social já inaceitável, com flagrantes injustiças na distribuição da riqueza, com níveis de vida e de desemprego dos mais degradados na UE, com crescimentos medíocres e permanente divergência da média comunitária, com piores e mais caros serviços públicos na saúde e na educação.
Como bem se sabe, tudo isto só tem causas internas, as das políticas de Sócrates com que é preciso romper.
Honório Novo
in JN
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