segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tudo como dantes, no quartel-general em Abrantes II

Amanhã será Dia de Reis, aquele em que os Magos, prestaram homenagem ao Menino e lhe ofereceram ouro, incenso e mirra.
Vinte e um séculos depois, a nossa Civilização comemora a data, a sua mensagem e, principalmente, a fé numa doutrina em que Jesus cresceu e pregou, crucificando Cristo para salvação da Humanidade.
Antes disso, expulsou os vendilhões do Templo, obrigou Pilatos a prenunciar a cobardia dos juízes ao serviço dos vendilhões a que hoje se chama corrupção dos corruptos activos e passivos.
Com o seu sacrifício, conseguiu que a Humanidade do Ocidente o seguisse, e não deixasse fenecer o ideal de Fraternidade, Justiça (Social), Misericórdia e Esperança a que os Cristãos dedicam as suas orações.
Noutras partes da Terra, e outros povos, tiveram, respeitaram e cultivaram, até hoje, os seus profetas. Todos, mas todos eles, pregaram o mesmo direito à esperança na justiça e felicidade humana.
Antes e depois de tudo isto ficar registado na história das religiões, não faltaram imperadores e impérios que, à medida que mais cresceram, mais caíram.
Continua e investigar-se e tentar explicar a causa da queda de Incas, Gregos, Romanos, Egípcios…ou impérios mais recentes de cariz colonial e os modernos apetites de conquista mundial pela chamada superpotência , e respectivos aliados, que sobrou da guerra fria. Guerra essa que, afinal, desde a queda do muro de Berlim, não parou, nem se vislumbra que deixe de aquecer.
No meio de toda esta cega barbárie – transmitida em directo, diariamente, pelas televisões de todo o mundo – os direitos humanos são uma caricatura que já só serve para uma coisa: invadir um país que tem petróleo (que julga ser seu) e não o entrega de mão beijada à tal superpotência. Transmite-se ao nível mundial o enforcamento do respectivo ditador, matam-se centenas de milhar de inocentes, destrói-se um país e… muda-se para outro sítio aonde a defesa do sistema renda mais.
Pois é.
Ainda não repararam que o problema reside no sistema? Ainda não perceberam que o sistema em que somos obrigados a viver já passou à História? Ainda acreditam que as tais medidas para “resolver a crise” – como dizem os gurus deste sistema económico e social, e a tal “classe” política que finge, à custa dos impostos que nos rouba, continuar a alimenta-los é solução para alguma coisa?
Claro que sim: permite que os responsáveis pelo sistema, a máfia dos off-shores, a canalha de banqueiros ladrões que nos rouba e lá coloca impunemente o esforço do nosso trabalho continue a explorar-nos impunemente.
Até quando? Até todos nós permitirmos, é óbvio. Enquanto não resolvermos acabar com o sistema. E olhem que é mais fácil do que parece. Mas se gostam disto assim, continuem. Para meu desgosto, e sem contarem comigo, é claro.
Para o que der e vier, se ainda me julgarem útil, sabem onde encontrar-me.

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