A crer nas alegações dos arguidos, que a comunicação social tem abundantemente referido, quem está a ser julgado no processo Casa Pia é o Ministério Público, a Magistratura Judicial (que os pronunciou), a Polícia Judiciária, o Instituto de Medicina Legal, os peritos médicos que observaram as crianças, as próprias crianças, as testemunhas, a comunicação social, a opinião pública e o Mundo em geral; e as vítimas são os arguidos.
Um imenso "complot" universal terá sido organizado para congeminar uma maléfica "fantasia" e, com obscuros fins, acusar meia dúzia de inocentes.
Não queria estar na pele do colectivo que julga o processo, a quem, se assim foi, se pede, não que dê uma sentença, mas que encarne o Bem e faça a Revolução, mandando extrair certidões para meter na cadeia dois terços das instituições do país e dois terços do próprio país.
Na verdade, o que, no caso, está a ser julgado é a Justiça portuguesa e a sua independência.
O grande júri em nome de quem é suposto a Justiça ser administrada tem razões para estar perplexo com o folheto de cordel em que o processo está a ser transformado.
in JN
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário