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Hoje, Terça-Feira, dia 2 de Dezembro de 2008, às primeiras horas da noite ou pouco depois do Sol poente, olhe para sudoeste e verá uma curiosidade que acontece em cada 5 anos.
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É o que se chama uma conjunção planetária. Dois planetas, os mais brilhantes corpos celestes de luz fixa visíveis neste momento no céu, parecem estar muito próximos entre si, sobre uma linha quase horizontal (vista de Portugal, o que não concorda com a figura acima que se refere à observação dos EUA), separados apenas pela largura de um dedo à distância de um braço estendido. Muito perto, ligeiramente para a esquerda e um pouco para cima, está a Lua.
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Os dois planetas “perto” da Lua são Vénus e Júpiter. Mas os 3 planetas parecerem tão próximos é apenas um engano de perspectiva porque os vemos do nosso planeta, a Terra. Na verdade, a Lua está situada a 406 000 km da Terra, Vénus está acerca de 370 vezes mais distante da Terra, ou seja a cerca de 150,2 milhões de quilómetros e Júpiter está cerca de 6 vezes mais longe da Terra, ou seja cerca de 901,3 milhões de quilómetros.
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Também os respectivos tamanhos são diferentes. O planeta de maior tamanho aparente, porque está mais próximo de nós, a Lua, tem apenas 3 470 km de diâmetro, ou seja em termos cósmicos é um pequeno planeta. Vénus vem a seguir na ordem de tamanhos dos três objectos celestes, com 12 100 km de diâmetro, e Júpiter, o maior planeta do sistema solar, tem 71 490 km de diâmetro equatorial, o que faz dele um “respeitável” planeta mesmo à escala cósmica. No entanto, são conhecidos hoje planetas maiores do que “o nosso” Júpiter.
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Estes planetas são também distintos quanto á sua localização em relação à órbita da Terra. Assim, a Lua é o satélite natural da Terra, portanto gravita em torno da Terra. Vénus é um planeta interior à órbita da Terra e Júpiter é exterior à órbita da Terra.
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É fácil distinguir os dois planetas à vista desarmada: Júpiter é o planeta de brilho mais ténue e de tamanho aparente menor porque está mais longe do Sol e mais longe da Terra; Vénus, porque está mais perto da Terra e do Sol, é o planeta de maior brilho, de luz reflectida mais intensa.
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Os dois planetas aparecerem tão próximos no nosso campo visual só acontecerá de novo em Maio de 2013. No entanto, uma conjugação tão próxima, isto é os dois planetas estarem quase situados sobre a mesma linha recta é mais raro. Acontece em intervalos de 44 anos, o que significa que a próxima conjunção será em 2 052. Os astrónomos pensam que semelhante acontecimento, ocorrido no dia 17 de Junho do ano 2 AC, estará por trás da narrativa bíblica da Estrela de Belém, muito brilhante, durante o nascimento de Cristo. Os planetas estavam tão próximos que foram vistos como uma só estrela.
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