1. O Plano é mais uma grande tentativa mediática em que o Governo investe para sair da sua crise e apresenta contornos e formas que traem a sua origem: a central de comunicação e marketing do executivo.
2. O plano anuncia medidas já amplamente difundidas noutras ocasiões, como a construção de novas escolas e a atribuição de estágios. Estes últimos, como se sabe, apenas têm conduzido as novas gerações para o abismo dos 500 euros em precariedade.
3. O plano prolonga a lógica de absorver fundos comunitários, reduzindo o esforço nacional por causa do sacrossanto pacto de estabilidade e crescimento.
4. O plano surge muito tempo depois da crise ter começado. Como se sabe ela existe, em Portugal, há quase três anos.
5. O plano volta a anunciar pacotes de apoios a empresas, alguns a fundo perdido, menosprezando o factor trabalho.
6. As medidas de apoio às empresas na criação e manutenção de emprego apenas valem, na maior parte dos casos, para 2009, o que revela a aposta consciente do Governo no eleitoralismo (ano de eleições!) e no aumento da fragilidade laboral.
7. Não existe uma única medida que toque no essencial: o combate à pobreza e às desigualdades e a distribuição da riqueza.
8. Os bancos fora da lei podem continuar a sonhar com os paraísos dos offshores.
9. O plano demonstra à saciedade um Governo sem imaginação ou ousadia, repetindo o já feito e anunciado, reforçando uma clara opção de fortalecimento da classe empresarial, com muito pouca fiscalização e contrapartidas.
10. Corolário lógico: as associações patronais aprovam o plano.
João Teixeira Lopes
in Esquerda.Net
domingo, 14 de dezembro de 2008
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