A ideia de Guilherme Silva, do PSD, para resolver o problema das faltas dos deputados que, às sextas-feiras, assinam o ponto e vão de fim-de-semana prolongado, estando-se nas tintas para a AR e para o que ali se discute e decide, é de apoiar: passaria a haver plenários só às terças, quartas ou quintas (pois que as segundas ainda são fim-de-semana).
A explicação de Guilherme Silva é que os deputados têm família, pelo que há no caso "uma componente humana (…) respeitável".
O PSD é um partido respeitador não só da família como das tradições. Os deputados pirarem-se às sextas-feiras é uma tradição parlamentar, e o PSD não poderia ter no caso posição diferente da que teve em relação a Barrancos.
O problema é que, sabendo-se o que a casa gasta, o mais certo é que os deputados comecem, depois, a baldar-se às quintas, e quando deixar de haver plenários também às quintas, às quartas, e depois às terças, e acabem ficando a semana inteira em casa com a família, coisa com uma "componente humana" inteiramente respeitável, até porque a maior parte deles não faz falta nenhuma na AR e em casa decerto faz.
Manuel António Pina, in JN
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