Agora que a crise ameaçava tirar-nos tudo, incluindo o riso e a boa disposição, eis que o salvífico BPN nos retira da depressão.
Depois de tudo o que é muito sério neste caso – o buraco dos 700 milhões, o branqueamento de capitais, o trânsito incessante do dinheiro para paraísos fiscais, etc., etc. –, eis que as escolhas de Oliveira e Costa a norte nos desatam a gargalhada.
Numa história de novo riquismo absoluto que gera fornadas de gestores executivos e não executivos a arrotar milhões, que belisca a imagem do cavaquismo e nos dá uma ideia aproximada do que é o Bloco Central dos Interesses, faltava um saudável abandalhamento que tornasse a história mais próxima do filme negro ou de um portuguesismo típico nestas histórias.
Pois bem, Oliveira e Costa já deveria pensar em animar esta triste quadra quando escolheu os homens da Créditus no Porto. Uma porta sem fundo, crédito malparado a rodos, jactos privados com meninas de Leste em rápidas incursões ao lazer britânico das corridas de carros, reuniões da administração em casas de alterne, empregadas de limpeza a pedir empréstimos para Audi’s e tudo o mais que há-de vir, enfim, que melhor prenda de Natal poderíamos pedir para poder rir a bandeiras despregadas!?
Que melhor brinde poderiam ter os argumentistas dos futuros filmes e séries sobre o polvo à portuguesa ou o nosso ternurento faroeste bancário!?
Eduardo Dâmaso
in CM
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