terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Olavo Bilac...Príncipe dos Poetas Brasileiros...

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 — Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918) foi jornalista e poeta brasileiro e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
Biografia
Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac, após o término da educação, iniciou o curso de
Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que não chegou a concluir. Tentou, então, a Faculdade de Direito de São Paulo que também não concluiu.
De volta ao Rio de Janeiro, passou a dedicar-se à literatura. Começou a trabalhar no jornal
A Cidade do Rio, ao lado de José do Patrocínio. Neste jornal, conseguiu ser indicado correspondente em Paris no ano de 1890. De volta no ano seguinte, iniciou o romance O esqueleto, em colaboração com Pardal Mallet, que foi publicado no jornal Gazeta de Notícias em forma de folhetins e sob o pseudônimo de Vítor Leal.
Publicou inúmeras crônicas literárias no jornal A Notícia e colaborou com outros tantos jornais como A Semana, Cosmos, A Cigarra, A Bruxa e A Rua. Na qualidade de jornalista, foi grande incentivador do serviço militar obrigatório e da criação do Tiro de guerra.
É como poeta, contudo, que Bilac se imortalizou. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista
Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.
Autor da letra do Hino à Bandeira, entre as suas obras-primas podemos considerar o soneto em que se refere à língua portuguesa como a Última Flor do Lácio - aliás, o nome do próprio poema.
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Poema A Última Flor do Lácio
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Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
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Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
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Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
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Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

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