Forças Armadas: Vasco Lourenço deixa aviso e critica chefes militares
“Se não querem acabem com elas”
“Se não querem acabem com elas”
.
A tensão que se vive nas Forças Armadas, devido à insatisfação dos militares pela forma como são tratados pelo poder político, foi ontem o tema de conversa entre cerca de uma centena de oficiais num jantar em Lisboa.
O presidente da Associação 25 de Abril, coronel Vasco Lourenço, deixou, aliás, um claro recado ao Governo: "Ou querem umas Forças Armadas com todas as condições, ou então, se não querem, acabem com elas."
A iniciativa surgiu após o alerta lançado pelo general Loureiro dos Santos, que chamou à atenção para os actos irreflectidos de jovens militares "desesperados" que podem pôr em causa a democracia.
Mas o descontentamento não atinge só os mais jovens. Vasco Lourenço também teceu duras críticas à "insensibilidade do poder político e das chefias militares" para a actual situação das Forças Armadas. "Os chefes militares tinham a obrigação de fazer ver ao Governo as preocupações e os problemas dos militares", afirmou o coronel antes de entrar para o jantar-debate. "As Forças Armadas estão na primeira linha de intervenção na política externa mas depois tratam-noscomo simples mangas de alpaca."
A degradação dos salários e da assistência na doença e a falta de pagamento dos complementosde pensão aos militares são algumas das questões que mais motivam a preocupação dos militares.
A iniciativa surgiu após o alerta lançado pelo general Loureiro dos Santos, que chamou à atenção para os actos irreflectidos de jovens militares "desesperados" que podem pôr em causa a democracia.
Mas o descontentamento não atinge só os mais jovens. Vasco Lourenço também teceu duras críticas à "insensibilidade do poder político e das chefias militares" para a actual situação das Forças Armadas. "Os chefes militares tinham a obrigação de fazer ver ao Governo as preocupações e os problemas dos militares", afirmou o coronel antes de entrar para o jantar-debate. "As Forças Armadas estão na primeira linha de intervenção na política externa mas depois tratam-noscomo simples mangas de alpaca."
A degradação dos salários e da assistência na doença e a falta de pagamento dos complementosde pensão aos militares são algumas das questões que mais motivam a preocupação dos militares.
O chefe do Estado-Maior- -General das Forças Armadas, Valença Pinto, reconheceu ontem que existem problemas na instituição militar mas alegou que são situações antigas e que têm de ser compreendidas no quadro geral de dificuldades do País.
"Tenho necessariamente de reconhecer que há, como certamente em todas as diferentes instâncias do País, problemas e dificuldades e coisas que têm de ser resolvidas", afirmou Valença Pinto. Uma posição que mereceu a concordância do general Loureiro dos Santos, que fez questão de marcar presença no jantar.
"O senhor general confirmou o que disse", afirmou o ex-chefe do Estado-Maior do Exército. Loureiro dos Santos assegurou ainda que "há uma clara vontade política para dar uma resposta positiva" às questões que preocupam os militares. "Quem está na Defesa está muito preocupado com esta situação de tensão nas Forças Armadas", concluiu.
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) considerou que o jantar com oficiais no activo, na reserva e na reforma "é um sinal de que algo vai mal".
"O senhor general confirmou o que disse", afirmou o ex-chefe do Estado-Maior do Exército. Loureiro dos Santos assegurou ainda que "há uma clara vontade política para dar uma resposta positiva" às questões que preocupam os militares. "Quem está na Defesa está muito preocupado com esta situação de tensão nas Forças Armadas", concluiu.
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) considerou que o jantar com oficiais no activo, na reserva e na reforma "é um sinal de que algo vai mal".
Alpedrinha Pires sustentou que a situação na instituição militar está "desastrosa e dramática", devido aos cortes orçamentais, e criticou o "secretismo" com que está a ser preparada a revisão das carreiras e o sistema retributivo.
"A noção existente é a de que vão ser questões fracturantes", concluiu.
in CM
Sem comentários:
Enviar um comentário