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O primeiro-ministro aproveitou a Cimeira Ibero-Americana de El Salvador para tentar abrir um estreito comercial que permita a proliferação do Magalhães por terras de Colombo.
Diz-se que a operação pode favorecer o equilíbrio das nossas contas com o Mundo, portanto, oxalá o "estreito de Sócrates" abra novos caminhos ao mini-PC português. Só espero que ninguém do Ministério da Educação se tenha lembrado de adaptar à cor local os workshops de formação que por cá se tornaram memoráveis. Magalhães com salsa, rumba ou samba. Ou com música e letra do "Guantanamera": "Magalhãecito/Guajira Magalhãecito/Magalhãeciiiito/Guajira Magalhãecito...".
Outra ideia, para não ferir susceptibilidades, seria permitir que cada país importador pudesse rebaptizar o Magalhães de harmonia com a sua história ou posição geográfica.
O primeiro-ministro aproveitou a Cimeira Ibero-Americana de El Salvador para tentar abrir um estreito comercial que permita a proliferação do Magalhães por terras de Colombo.
Diz-se que a operação pode favorecer o equilíbrio das nossas contas com o Mundo, portanto, oxalá o "estreito de Sócrates" abra novos caminhos ao mini-PC português. Só espero que ninguém do Ministério da Educação se tenha lembrado de adaptar à cor local os workshops de formação que por cá se tornaram memoráveis. Magalhães com salsa, rumba ou samba. Ou com música e letra do "Guantanamera": "Magalhãecito/Guajira Magalhãecito/Magalhãeciiiito/Guajira Magalhãecito...".
Outra ideia, para não ferir susceptibilidades, seria permitir que cada país importador pudesse rebaptizar o Magalhães de harmonia com a sua história ou posição geográfica.
Por exemplo, El Salvador fica pertinho do Golfo de Fonseca - vendíamos Fonsecas a El Salvador. E vendíamos Bolívares à Venezuela (ou Hugos, ou Chávez...), Santiagos ao Chile, Chés a Cuba (ou Fideis), D. Pedros ao Brasil, Vikings à Dinamarca, Napoleões (ou Sarkozys) à França, Maradonas à Argentina, Ivans à Rússia (ou Putins) e - por que não? - Sócrates à Grécia.
Até se podia fazer uma atençãozinha no preço aos países que, menos ciosos da sua gesta, optassem por manter o nome original.
E assim o Magalhães, mais do que um mini-PC portátil destinado a crianças do ensino básico, tornava-se um símbolo por excelência da globalização.
E assim o Magalhães, mais do que um mini-PC portátil destinado a crianças do ensino básico, tornava-se um símbolo por excelência da globalização.
Talvez um dia tenhamos que ponderar - por referendo, é claro - a alteração de alguns versos do hino nacional. "Heróis do Magalhães, nobre povo, nação valente e imortal, levantai hoje de novo o computador de Portugal...".
Os versos que enaltecem as nações têm de se adaptar aos novos feitos heróicos dos seus povos, não é verdade?
Já não fazemos nada no oceano, a não ser pescar - e cada vez menos -, mas fazemos Magalhães, respiramos Magalhães, disseminamos Magalhães.
Queiramos ou não, somos a República do Magalhães. E quem diz Magalhães diz Fonsecas, Sarkozys, Putins, Sócrates...
Fernando Marques
in JN
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