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Sé da cidade da Guarda
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A construção actual foi antecedida por uma primeira construída no tempo de D Sancho I e uma segunda construída fora das muralhas e posteriormente demolida. Dela hoje nada resta, nem memória dela ficou entre os habitantes da cidade. A existente, foi iniciada com o bispo D. Frei Vasco, já reinava D. João I, mas só com D. João III seria terminada, quando corria o ano de 1540.
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É um templo gótico quando contemplado do lado Sul, como a fotografia maior ilustra, visto que tem todos os componentes decorativos desse estilo arquitectónico. Mas quando observado do lado Oeste, representado na fotografia pequena, demonstra possuir reminiscências do estilo românico com o portal principal ladeado por duas poderosas torres que nos lembram os templos fortificados tão comuns na época pré-gótica.
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No espaço interior vale a pena olhar o retábulo da capela-mor, da autoria do francês João de Ruão. É uma obra de escultura notável, devida à iniciativa do bispo D. Cristóvão de Castro, que havia sido embaixador de D. Manuel junto do Papa Clemente VI. O retábulo é um repositório de escultura renascentista que consagra os valores da historicidade cristã: Apostolado, Moisés e os Profetas, Virgem da Assunção com as figuras do Antigo Testamento e, no registo superior, cenas da Paixão de Cristo.
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Ao observar o retábulo, surpreendemos algumas mutilações nas esculturas. Diz-se na Guarda que foram os soldados de Napoleão que acamparam no templo e dispararam os bacamartes sobre o retábulo para verificar se seria feito de ouro maciço, como então parecia devido ao bom estado do dourado.
Fotografias e texto de Santos Valentim
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