Sócrates instado a recusar utilização da Base das Lajes
A segunda audiência portuguesa do Tribunal Iraque exigiu na sexta-feira que Lisboa recuse a utilização da Base das Lajes para prosseguir com a ocupação do Iraque e colabore «plenamente» na investigação dos «voos da CIA» que passaram por Portugal.
A segunda audiência portuguesa do Tribunal Mundial para o Iraque, que assinala os cinco anos da intervenção e ocupação militar daquele país pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, decorreu na noite de sexta-feira, na Casa do Alentejo, em Lisboa.
A elaboração do libelo acusatório pertenceu a Eduardo Maia Costa, Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
Na proposta de resolução, os cerca de 60 jurados exortam o governo de José Sócrates a desenvolver «esforços políticos e diplomáticos» para a «reposição» da legalidade internacional no Iraque, a começar pela retirada dos ocupantes.
Exigem ao Governo português a «colaboração plena na investigação dos chamados voos da CIA que cruzaram o espaço aéreo português ou que fizeram escala em Portugal, com vista à responsabilização, inclusivamente a nível criminal, de todos os que colaboraram ou participaram nessa prática ilegal».
Tribuna de Jurados
Alan Stoleroff, professor universitário, membro do Comité Palestina
Alberto Seixas Santos, cineasta
Alexandre Alves Costa, arquitecto e professor universitário
Alípio de Freitas, jornalista
Álvaro Fernandes, tenente-coronel
Ana Gaspar, do Sindicato de Professores da Grande Lisboa
Ana Prata, jurista
António Louçã, historiador
António Palaio, sindicalista (Sindicato da Hotelaria)
António Pedro Dores, professor universitário
António Pinto Pereira, do CIDAC
António Rosa Coutinho, almirante
Armando Fernandes, jornalista
Bruno de Almeida, cineasta
Carlos Carvalho, sindicalista, responsável Rel.Intern. da CGTP
Carmen Marques, jornalista
Chullage, rapper
Daniel Oliveira, colunista
Domingos Lopes, advogado
Eduarda Dionísio, escritora
Eugénio Alves, jornalista
Fausto Bordalo Dias, músico
Fernando Rosas, historiador, professor universitário
Francisco Fanhais, músico
Francisco Raposo, dirigente sindical
Helena Carmo, dirigente da Associação José Afonso
Henrique Botelho, médico
João Arsénio Nunes, historiador
João Corregedor da Fonseca, da Intervenção Democrática
João Gil, músico
João Lavinha, investigador do Instituto Ricardo Jorge
João Loff Barreto, advogado
João Mota, encenador e professor de teatro
João Proença, presidente da Casa do Alentejo
Jorge Fagundes, advogado
Jorge Figueiredo, economista
José Charters Monteiro, arquitecto
José Gonçalves da Costa, juiz jubilado do STJ
José Luís Saldanha Sanches, professor universitário
José Manuel Mendes, escritor
Leonor Cintra Gomes, arquitecta, presidente do Cons.Dir.Reg.Sul da Ordem
Manuel Batoréo, professor universitário
Manuel Graça, sindicalista
Manuela de Freitas, actriz
Manuela Tavares, dirigente associativa
Margarida Gil, cineasta
Maria José Morgado, magistrada do MP
Mário Durval, médico
Milice Ribeiro dos Santos, psicóloga
Orlando de Almeida, engenheiro, ex-presidente da CM Amadora
Óscar Mascarenhas, jornalista
Paulo de Carvalho, músico
Pedro Wallenstein, músico, presidente da GDAIE
Renato Rodrigues, dirigente associativo
Rui Namorado Rosa, físico, professor universitário
Rui Pereira, jornalista
Saúl Nunes, advogado
Tino Flores, músico
Vasco Lourenço, coronel, presidente da Associação 25 de Abril
Victor Serrão, professor universitário
Vítor Nogueira, da Amnistia International (Portugal)
Youri Paiva, estudante
A Comissão Organizadora do TMI-AP:
Amílcar Sequeira
António Alves
Berta Macias
Cristina Meneses
Eduardo Maia Costa
Guadalupe Margarido
Helena Nascimento
João Mário Mascarenhas
José Mário Branco
Júlio Moreira
Manuel Monteiro
Manuel Raposo
Mário Tomé e
Paulo Esperança
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