O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, considerou positivo o apelo do Chefe do Estado para aproximar os jovens da política mas criticou o que considerou ser a "figura triste" de Cavaco Silva recentemente na Madeira.
"Foi demasiado triste o que se passou na Madeira. E o Presidente da República, enquanto figura principal, devia ter tomado uma atitude e não tomou. O 25 de Abril também é isso", afirmou o capitão de Abril, em declarações aos jornalistas, no final da sessão solene comemorativa do 34º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República.
Comentando a preocupação do Presidente da República sobre a "insatisfação dos portugueses com o funcionamento da democracia", Vasco Lourenço disse que Cavaco Silva podia "ter tido outra postura" na visita oficial à Região Autónoma da Madeira.
A Assembleia Legislativa da Madeira, o órgão máximo de soberania regional, não recebeu Cavaco Silva em sessão solene como é habitual nas deslocações de um Chefe de Estado, enquanto o presidente do Governo regional, João Jardim considerou os partidos nela representados "um bando de loucos".
Quanto aos apelos para uma maior mobilização que aproxime os jovens da vida política e do conhecimento da História, Vasco Lourenço considerou "muito positivo" mas alertou que "é preciso passar das palavras aos actos".
"Acho que é muito positivo mas é preciso passar das palavras às obras. Porque o ano passado fez um apelo para que se alterasse o tipo de comemorações e ele próprio não fez nada", afirmou o tenente-coronel.
"Nós [Associação 25 de Abril] andamos há muito tempo a apelar aos jovens que participem, para que saibam o que era Portugal antes do 25 de Abril e para fazerem comparações com o que é hoje", afirmou.
Lusa
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