quarta-feira, 30 de abril de 2008
10 excelentes razões para não ires à tropa ou incorporares-te num exército
2 – Podes ser levado a matar outros seres humanos
3 – Podes ser ferido
4 – Podes não receber os devidos cuidados de saúde
5 – Poderás vir a sofrer de problemas de saúde para toda a vida
6 – Podes ser vítima de mentiras e falsa propaganda
7 – Podes ser objecto de discriminação
8 – Podes receber ordens para fazer aquilo que vai contra os teus princípios e valores
9 – Pode depois tornar-se difícil deixar as forças armadas
10 – Tens muitas outras escolhas para te realizares como pessoa, para além da incorporação nas fileiras do Exército, da Força Aérea, e da Marinha.
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A GUERRA DO VIETNAME TERMINOU HÁ 33 ANOS
As Mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Manuel Alegre |
DUAS FOTOGRAFIAS QUE CHOCARAM O MUNDO
A bala disparada à queima-roupa perfurou o cérebro de um prisioneiro vietcong e a foto capturou o momento exacto da execução.
Há duas personagens desta tragédia: Nguyen Ngoc Loam, coronel, nomeado chefe da Polícia Nacional da República do Vietname, e um oficial vietcong capturado, o capitão Nguyen Van Lém, o mesmo nome próprio que o seu assassino.
Nesta foto já não existe vida, nem no carrasco nem na sua vítima: a câmara de Eddie Adams transforma-os em monumentos que recordam à Humanidade a brutalidade selvagem de uma guerra sem honra.
A Guerra do Vietname foi um conflito armado que durou entre 1959 até 30 de abril de 1975.
O envolvimento dos EUA no conflito teve como pretexto um ataque norte-vietnamita aos seus navios USS Maddox e USS C.Turney Joy enquanto patrulhavam o Golfo de Tonquim (o chamado incidente do Golfo de Tonkin), em julho de 1964.
As hostilidades originaram-se com a intromissão dos EUA na política interna do Vietnam. Conforme definido pela Convenção de Genebra, os vietnamitas teriam direito a eleições livres para escolher seus governantes. Mas diplomatas estado-unidenses sabiam muito bem que, se fossem autorizados plebiscitos no país, os comunistas venceriam com mais de 90% dos votos, graças à enorme popularidade de seu líder, Ho Chi Minh, patriota e herói da resistência vietnamita contra a ocupação japonesa e a luta pela independência da França (também conhecida como a Guerra da Indochina). O maior temor dos Estados Unidos não era apenas a possibilidade de o Vietnã cair nas mãos dos comunistas, e sim o chamado "efeito dominó", isto é, que outros países vizinhos tentassem seguir o exemplo da insubordinação vietnamita. |
No início, os EUA apoiavam o regime ditatorial do Vietname do Sul com dinheiro, armas, carros de combate, assessores militares e, a partir de 1962, tropas. Combatiam de um lado uma coalizão de forças incluindo os Estados Unidos da América, a República do Vietnã (Vietnãamedo Sul), a Austrália, a Nova Zelândia, as Filipinas e a Coreia do Sul, e do outro lado a República democrática do Vietnã, a Frente de liberação nacional (FLN, Vietcong, ex-Vietmin) e a guerrilha comunista sul-vietnamita. Cerca de 540 000 estado-unidenses foram enviados para o Vietnam entre 1965 e 1973 para ajudar a preservar a independência do Vietname do Sul pró-capitalista em relação ao norte comunista. Os helicópteros indispensáveis à campanha dos aliados e a artilharia pouco ou nada podiam fazer, na maioria das vezes os soldados estado-unidenses ficavam vulneráveis neste território pouco conhecido, ao contrário dos Vietcongs que o conheciam como a palma da mão e possuíam uma grande rede de abrigos subterrâneos e túneis, realizando armadilhas e emboscadas. A URSS e a China forneceram ajuda material ao Vietname do Norte e ao FLN, mas não tiveram participação militar activa no conflito.
Entrementes no Sul, assumia a administração em nome do imperador, Ngo Dinh Diem, um líder católico, que em pouco tempo tornou-se o ditador do Vietname do Sul. Ao invés de realizar as eleições em 1956, como previa o acordo de Genebra, Diem proclamou a independência do Sul e cancelou a votação. Os americanos apoiaram Diem porque sabiam que as eleições seriam vencidas pelos nacionalistas e pelos comunistas de Ho Chi Minh. Em 1954, Dwight Eisenhower, então Presidente dos Estados Unidos, explicou a posição americana na região pela defesa da Teoria de Dominó: "Se vocês puserem uma série de peças de dominó em fila e empurrarem a primeira, logo acabará caindo até a última... se permitirmos que os comunistas conquistem o ameVietnã corre-se o risco de se provocar uma reação em cadeia e todo os estados da Ásia Oriental tornar-se-ão comunistas um após o outro."
A partir de então Diem conquistou a colaboração aberta dos EUA, primeiro em armas e dinheiro e depois em instrutores militares. Diem reprimiu as seitas sul-vietnamitas, indispôs-se com os budistas e perseguiu violentamente os nacionalistas e comunistas, além de conviver, como bom déspota oriental, com uma administração extremamente nepótica e corrupta. Em 1956, para solidificar ainda mais o projeto de contenção ao comunismo, especialmente contra a China, o secretário John Foster Dulles criou, em Manila, a OTASE (Organização do Tratado do Sudeste Asiático), para servir de suporte ao Vietname do Sul.
Essa guerra era uma parte do conflito regional envolvendo os países vizinhos do Cambodja e do Laos, conhecido como Segunda Guerra da Indochina. No Vietname, esta guerra é chamada de Guerra da América (Vietnamita: Chiến Tranh Chống Mỹ Cứu Nước, literalmente Guerra contra os americanos e para salvar a Nação). Para tal, os vietnamitas tiveram de suportar baixas e bombardeios terríveis. O grande número de baixas americanas (57939 soldados perderam suas vidas entre 1962 e a retirada aliada, em 1975) tornou o conflito extremamente impopular. Muitos dos que passaram a protestar contra essa guerra eram pessoas que a apoiaram entusiasticamente no início.
Este conflito se inscreve no contexto da Guerra Fria, conflito entre as potências capitalistas e o bloco comunista.
A reação contra a guerra e a contra-cultura
A participação crescente dos EUA na Guerra e a brutalidade e inutilidade dos bombardeios aéreos - inclusive com bombas napalm - fez com que surgisse na américa um forte movimento contra a guerra. Começou num bairro de São Francisco, na Califórnia, o Haight - Aschbury, com "as crianças das flores" (flower children), quando gente jovem lançou o movimento "Paz e Amor" (Peace and Love), rejeitando o projecto da Grande Sociedade do Presidente Lyndon Johnson.
A partir de então tomou forma a movimento da contra-cultura - chamado de movimento hippie - que teve enorme influência nos costumes da geração dos anos 60, irradiando-se pelo mundo todo. Se a sociedade americana era capaz de cometer um crime daquele vulto, atacando uma pobre sociedade camponesa no sudeste asiático, ela deveria ser rejeitada. Se o americano médio cortava o cabelo rente como um militar, a contracultura estimulou o cabelo despenteado, comprido, e de cara com barba. Se o americano médio tomava banho, opunham-se a ele andando sujos. Se aqueles andavam de terno e gravata, aboliram-na pelo brim e pela sandália. Repudiaram também a sociedade urbana e industrial, propondo o comunitarismo rural e a actividade artesanal, vivendo da fabricação de pequenas peças, de anéis e colares. Se o tabaco e o álcool era a marca registada da sociedade tradicional, aderiram à maconha e aos ácidos e as anfetaminas. Foram os grandes responsáveis pela prática do amor livre e pela abolição do casamento convencional e pela cultura do rock. Seu apogeu deu-se com o festival de Woodstock realizado em Nova York, em 1969.
A revolta instalou-se nos Campus Universitários, particularmente em Berkeley e em Kent onde vários jovens morrem num conflito com a Guarda Nacional. Praticamente toda a grande imprensa também se opôs ao envolvimento. Surgiu entre os negros os Panteras Negras (The Black Panthers) um expressivo grupo revolucionário que pregava a guerra contra o mundo branco americano da mesma forma que os vietcongs. Passeatas e manifestações ocorriam em toda a América. Milhares de jovens negaram-se, pela primeira vez na história do país, a servir no exército, desertando ou fugindo para o exterior.
Esse clima espalhou-se para outros continentes e, em 1968, em março, eclodiu a grande rebelião estudantil no Brasil contra o regime militar, implantado em 1964, e em maio, na França, a revolta universitária contra o governo de Charles de Gaulle. Outras ainda ocorreram no México e na Alemanha e Itália. O filósofo marxista Herbert Marcuse afirmou que a revolução seria feita doravante pelos estudantes e outros grupos não assimilados pela sociedade de consumo conservadora.
A ofensiva do Tet e o desengajamento
Em 30 de janeiro de 1968, os vietcongs fizeram uma surpreendente ofensiva - a Ofensiva do Tet (o ano novo lunar chinês usado no Vietnã) - sobre 36 cidades sul-vietnamitas, ocupando inclusive a embaixada americana em Saigon. Morreram 33 mil vietcongs nessa operação arriscada, pois expôs quase todos os quadros revolucionários, mas foi uma tremenda vitória política. O General Wetsmoreland, comandante-chefe das forças dos Estados Unidos no Vietnã, que havia dito que "já podia ver a luz no fim do túnel", predizendo uma vitória americana para breve, foi destituído, e o presidente Johnson foi obrigado a aceitar negociações, a serem realizadas em Paris, além de anunciar sua desistência de tentar a reeleição.
Para a opinião pública americana tratava-se agora de sair daquela guerra de qualquer maneira. O novo presidente eleito, Richard Nixon, assumiu o compromisso de "trazer nossos rapazes de volta", fazendo com que, lentamente, as tropas americanas se desengajassem do conflito. O problema passou a ser de que maneira os Estados Unidos poderiam obter uma "retirada honrosa" e manter ainda o seu aliado, o governo sul-vietnamita.
Desde 1963, quando os militares sul-vietnamitas, apoiados pelos americanos, derrubaram e mataram o ditador Diem (àquela altura extremamente impopular), os sul-vietnamitas não conseguiram mais preencher o vácuo de sua liderança. Uma série de outros militares assumiram a chefia do governo transitoriamente enquanto os combates mais e mais eram tarefa dos americanos. Nixon passou a reverter isso, fazendo com que os sul-vietnamitas voltassem a ser encarregados das operações. Chamou-se isso de "vietnamização" da guerra. Imaginou que abastecendo-os o suficiente de dinheiro e armas eles poderiam lutar sozinhos contra o vietcong. Transformou o presidente Van Thieu num simples títere desse projeto. Enquanto isso, as negociações em Paris marcavam passo. Em 1970, Nixon ordenou o ataque a célebre Trilha Ho Chi Minh que passava pelo Laos e Camboja e que servia como estrada de abastecimento do vietcong. Estimulou também um golpe militar contra o neutralista príncipe Norodom Sihanouk do Camboja, o que provocou uma guerra civil naquele país entre os militares direitistas e os guerrilheiros do Khmer Vermelho liderados por Pol Pot.
Vítimas
O total de vítimas da Guerra do Vietnã entre os anos de 1964 até 1975 é impreciso, oscilando entre 1 milhão e meio a dois milhões de vietnamitas mortos, entre civis e militares. Parte considerável da população economicamente ativa do país morreu durante o conflito. Este fato provocou uma grave crise econômica nos anos seguintes ao término do conflito. Morreram aproximadamente 54.000 soldados estado-unidenses até a retirada dos Estados Unidos do conflito em 1973.
Embargo comercial
Quando os vietnamitas começaram a construir o socialismo no país unificado, primeiramente eles optaram pelo velho modelo soviético que, por não levar em conta as peculiaridades e as realidades nacionais, fracassou. O país então entrou em uma crise econômica que agravou ainda mais sua situação social. Em 1987 o Vietnã enfrentava uma inflação de quase 700% ao ano, uma grande carência no abastecimento de mercadorias e artigos de primeira necessidade como o arroz, por exemplo, estavam sendo importados. Além disso, o país só mantinha relações comerciais e diplomáticas com países socialistas, pois sofria o embargo de países capitalistas, sob imposição dos EUA.
Estados Unidos: 2.300.000 homens serviram no Vietnã de 1961 a 1974, com 46.370 mortos e 300.000 feridos.
Vietname do Sul: 1.048.000 homens (Exército regular e Forças Populares), com 184.000 mortos.
Vietname do Norte e Vietcong: cerca de 2.000.000 homens, com 900.000 mortos no total.
Adolpho J. de Paula Couto, A Face Oculta da Estrela, Gente das Letras, Porto Alegre
CANTU, Cesare. História universal. São Paulo: Ed. das Américas, 1967-1968.
CHINA, A História da China. publicado Ed. China News Service, 1989
AQUINO, Rubim Santos Leão de, et al. História das sociedades: das sociedades modernas as sociedades atuais. 18.ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, (1989?).
POMER, Leon; PINSKY, Jaime. O surgimento das nações. 3.ed. Campinas: UNICAMP, 1987.
GRIMBERG, Carl; SVANSTROM, Ragnar. História universal. Lisboa: Europa-América, 1940.
terça-feira, 29 de abril de 2008
DANÇA
O Dia Internacional da Dança vem sendo celebrado no dia 29 de Abril, promovido pelo Conselho Internacional de Dança (CID), uma organização interna da UNESCO para todos tipos de dança.
A comemoração foi introduzida em 1982 pelo Comité Internacional da Dança da UNESCO. A data comemora o nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), o criador do balé moderno.
Entre os objectivos do Dia da Dança estão o aumento da atenção pela importância da dança entre o público geral, assim como incentivar governos de todo o mundo para fornecerem um local próprio para dança em todos sistemas de educação, do ensino infantil ao superior.
Enquanto a dança tem sido uma parte integral da cultura humana através de sua história, não é prioridade oficial no mundo. Em particular, o professor Alkis Raftis, então presidente do Conselho Internacional de Dança, disse em seu discurso em 2003 que "em mais da metade dos 200 países no mundo, a dança não aparece em textos legais (para melhor ou para pior!). Não há fundos no orçamento do Estado alocados para o apoio a este tipo de arte. Não há educação da dança, seja privada ou pública".
O foco do Dia da Dança está na educação infantil. O CID alerta os estabelecimentos que contactem o seu Ministério da Educação com as propostas para celebrar este dia em todas escolas, escrevendo redacções sobre dança, desenhando imagens de dança, dançando em ruas, etc. Enfim, manifestando em crianças e consequentemente nos adultos, a vontade e importância da dança arte na vida do ser humano
O poder curativo e unificador da dança como linguagem universal é sublinhado na mensagem deste ano do Dia Mundial da Dança, que se assinalou esta terça-feira por todo o país com espectáculos, debates e outras iniciativas de diversas companhias.
A mensagem de 2008 intitula-se "O espírito da dança não tem cor", foi escrita pela coreógrafa e bailarina sul-africana Gladys Faith Agulhas, premiada pelo trabalho que tem desenvolvido ligando a dança, a educação e a integração social.
"O espírito da dança não tem cor, forma ou tamanho, mas envolve o poder de unir, e também a força e a beleza que se encontra em nós. Cada alma que dança, jovem, velha ou de uma pessoa incapacitada, cria e transforma ideias em movimentos artísticos que podem mudar as nossas vidas", escreve a coreógrafa.
A mensagem descreve ainda a dança como "uma força curativa à qual todos podem aceder" e como "espelho que reflecte o impossível tornado possível".
Em Portugal, o Dia Mundial da Dança é festejado com diversas iniciativas em todo o país, nomeadamente no Teatro Camões, em Lisboa, com a apresentação do espectáculo "Paraíso", pela Companhia Olga Roriz, coreografia inspirada no género musical americano, com bailarinos da companhia a cantar ao vivo.
Com direcção artística de Olga Roriz, o espectáculo, que teve estreia absoluta em Leiria, no Teatro José Lúcio da Silva, em Maio de 2007, constitui ao mesmo tempo uma sátira e um tributo aos musicais e às histórias de bastidores, em que o "glamour" de uma diva convive com a insegurança de uma principiante.
Em "Paraíso", Olga Roriz colocou bailarinos da companhia como Maria Cerveira, Sara Carinhas e Pedro Santiago Cal a cantar ao vivo temas de Kurt Weil, Nancy Sinatra e Zeca Afonso, entre outros, marcando fortemente a dramaturgia da peça.
Na selecção musical estão temas de Rocio Jurado, George Gershwin, Nino Rota, Boris Vian, Patsy Cline, Chavela Vargas, Dean Martin, Ben Webster, Pascale Comelade, Edith Piaf, Leonard Bernstein, Frank Sinatra, Orquestra Universitária de Tangos, Carmen Miranda e Marlene Dietrich.
Também no âmbito das comemorações, a REDE - Associação de estruturas para a dança contemporânea liderada por João Fiadeiro faz a primeira edição da Festa da Dança entre 29 de Abril e 04 de Maio, em vários espaços da capital.
Durante seis dias, a REDE celebra a dança contemporânea portuguesa com a apresentação, aberta à comunidade, de projectos, debates, workshops e uma homenagem a Gil Mendo, director artístico da Culturgest.
Na terça-feira, no espaço Lx Factory, as actividades da REDE serão apresentadas durante a tarde, e, no mesmo espaço, realiza-se a 30 de Abril um encontro para profissionais, e a 01 de Maio uma manifestação/debate sobre a situação dos intermitentes do espectáculo.
No dia 03 de Maio, no espaço Eira, decorrem sessões abertas de dança contemporânea para não profissionais, e no espaço Negócio/ZDB e no Atelier Real há apresentações simultâneas de trabalhos em progresso.
Oeiras celebra o Dia Mundial da Dança com a realização de dois espectáculos no palco do Auditório Municipal Eunice Muñoz: às 10:30, "Homenagem a Walt Disney" e, às 21:30, "Labirinto do Improviso e da Criatividade".
A CeDeCe (Companhia de Dança Contemporânea) apresenta no Cine Teatro de Alcobaça um programa de coreografias de António Rodrigues, Paula Gareya e Luís Sousa.
No mesmo dia, a companhia organiza um encontro entre o público e vários bailarinos e coreógrafos portugueses e estrangeiros convidados, tais como o britânico Patrick Hurde, que foi primeiro bailarino do ex-Ballet Gulbenkian, coreógrafo e pedagogo, Pedro Goucha Gomes, com uma carreira de 18 anos no estrangeiro, nomeadamente no Netherlands Danze Theatre, e Daniel Cardoso, bailarino e director artístico do Quórum Ballet.
HUMBERTO DELGADO, 50 ANOS DEPOIS
Comemora-se no mês de Maio o Cinquentenário da mítica campanha eleitoral do General Sem Medo, que desafiou Salazar através da célebre frase "Obviamente demito-o!". Candidato à Presidência da República, Humberto Delgado galvanizou multidões de Norte a Sul, mas foi vítima de uma das maiores fraudes eleitorais da História.
As comemorações são iniciadas na Assembleia da República no dia 7 de Maio, com o lançamento nacional da primeira biografia de Humberto Delgado, escrita pelo seu neto Frederico Delgado Rosa. A obra é apresentada por Judite de Sousa e pelo General Pezarat Correia. A actriz Alexandra Lencastre faz a leitura de excertos, relativos à violência policial durante a campanha eleitoral. A cerimónia tem lugar no átrio principal do Palácio de São Bento, às 19h00 (entrada livre), e conta com a presença do Presidente da Assembleia da República. Editado pela Esfera dos Livros, o livro «Humberto Delgado. Biografia do General Sem Medo» desvenda factos totalmente desconhecidos até hoje e acusa a Justiça Portuguesa de ter fabricado uma mentira deliberada a respeito do assassínio, aquando do julgamento dos pides, concluído em 1981.
Um dos pontos altos do Cinquentenário é a inauguração da estátua de Humberto Delgado no Porto, na Praça Carlos Alberto, a 14 de Maio de 2008, exactamente cinquenta anos depois da lendária chegada de Humberto Delgado à Cidade Invicta, onde o aguardava uma multidão de mais de duzentas mil pessoas que o aclamaram no percurso da estação de São Bento até à sede da sua candidatura na Praça Carlos Alberto. A estátua em bronze é da autoria do escultor José Rodrigues. O Porto está em festa durante toda a jornada de 14 de Maio, com diversas iniciativas culturais e manifestações de rua, promovidas pelo Governo Civil do Porto, pela Câmara Municipal do Porto e pela sociedade civil.
No dia 16 de Maio, é a vez de Lisboa homenagear o General Sem Medo e todos os que lutaram pela Liberdade em Portugal. Nesse dia comemora-se o Cinquentenário da chegada de Humberto Delgado a Santa Apolónia, que foi um dos momentos mais repressivos em toda a História da capital. No cais de embarque daquela estação, às 15h30, é descerrada pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, uma lápide com a efígie de Humberto Delgado e uma evocação da violência exercida pelo regime salazarista.
No dia 10 de Maio, a RTP estreia o documentário «Obviamente demito-o!», realizado por Lauro António para celebrar o Cinquentenário das Eleições de 58. No teatro "A Barraca", estreia-se a peça de teatro «Obviamente demito-o!», da autoria de Hélder Costa. No Teatro Nacional D. Maria II, estreia-se a peça «Maio de 58», de António Torrado, igualmente com Humberto Delgado por protagonista. Promovidas pela Fundação Humberto Delgado e por diversas autarquias e instituições locais, as comemorações prolongam-se um pouco por todo o país, com efemérides em Coimbra, Santarém, Braga, Chaves, Viana do Castelo, Almada, Póvoa de Varzim, Penafiel, Gouveia, Alpiarça e Barreiro, com a participação de Fernando Dacosta, Irene Pimentel, Diana Andringa, Fernando Rosas, Baptista Bastos, entre outros. O ISCTE realiza um colóquio universitário no dia 20 de Maio, intitulado «Humberto Delgado 50 Anos Depois». A Câmara Municipal de Lisboa promove um ciclo de conferências abertas no Museu da República e da Resistência, bem como visitas guiadas, seguindo o roteiro da campanha eleitoral de Humberto Delgado na capital.
AZULEJARIA PORTUGUESA
O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de uma substância à base de esmalte que se torna impermeável e brilhante. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitectura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado.
Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma extensa gama de elementos decorativos (geométricos, vegetalistas etc) aplicados a paredes, pavimentos e tectos de palácios, jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos.
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo se transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco. Este material convencional é usado pelo seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar esteticamente um edifício de modo prático. Mas nele se reflecte, além da luz, o repertório do imaginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atracção pelo intercâmbio cultural. De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer, como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.
Atualmente, a procura por azulejos tem se dado menos por seu valor decorativo e mais por suas características impermeabilizantes, sendo muito utilizado em cozinhas, banheiros e demais áreas hidráulicas.
Esta técnica necessita de um barro homogéneo e estável, onde, após uma primeira cozedura, se cobre com o líquido que fará o vidrado. Os diferentes tons cromáticos obtêm-se a partir de óxidos metálicos: cobalto (azul), cobre (verde), manganésio (castanho, preto), ferro (amarelo), estanho (branco). Para a segunda cozedura as placas são colocadas horizontalmente no forno assentes em pequenos tripés de cerâmica designados de trempe. Estas peças deixam três pequenos pontos marcados no produto final, hoje em dia importantes na avaliação de autenticidade.
Inicialmente o azulejo não tem uma dimensão normalizada, mas em Portugal, a partir do século XVI até ao século XIX, e como consequência do aumento de produção pelo maior número de encomendas, o azulejo passa a ter uma medida quadrada variável entre 13,5 e 14,5 cm.
Azulejos com motivo de esfera armilar no Pátio da Carranca, Palácio Nacional de Sintra.
No ano de 1498 o rei de Portugal D. Manuel I viaja a Espanha e fica deslumbrado com a exuberância dos interiores mouriscos, com a sua proliferação cromática nos revestimentos parietais complexos. É com o seu desejo de edificar a sua residência à semelhança dos edifícios visitados em Saragoça, Toledo e Sevilha que o azulejo hispano-mourisco faz a sua primeira aparição em Portugal. O Palácio Nacional de Sintra, que serviu de residência ao rei, é um dos melhores e mais originais exemplos desse azulejo inicial ainda importado de oficinas de Sevilha em 1503 (que até então já forneciam outras regiões, como o sul de Itália).
Embora as técnicas arcaicas (alicatado, corda-seca, aresta) tenham sido importadas, assim como a tradição decorativa islâmica dos excessos decorativos de composições geométricas intrincadas e complexas, a sua aparição em Portugal cede já um pouco ao gosto europeu pelos motivos vegetalistas do gótico e a uma particular estética nacional fortemente caracterizada pela influência de factores contemporâneos. O império ultramarino português vai contribuir para a variedade formal; vão ser adaptados motivos e elementos artísticos de outros povos que se transmitem pelo curso da aculturação. Um dos exemplos mais marcantes do emprego de ideias originais é o do motivo da esfera armilar que surge no Palácio Nacional de Sintra e que vai permanecer ao longo da história portuguesa como o símbolo da expansão marítima portuguesa.
Da influência brasileira ao azulejo actual
Com as Invasões francesas, a corte portuguesa refugia-se no Brasil e o início do século XIX traz estagnação à produção de azulejo. Mas no Brasil o emprego do azulejo vai ter um desenvolvimento paralelo autónomo e, desde finais do século anterior, observa-se, especialmente ao norte do país, a aplicação do azulejo como revestimento total de fachadas de edifícios. Este fenómeno tem a sua principal origem nas condições climatéricas; o azulejo assume-se como elemento impermeável, protector contra chuvas intensas, possibilita simultaneamente o arrefecimento do interior por reflectir o calor. Estes revestimentos, inicialmente a branco, desenvolvem-se para padrões simples a duas cores.
Com a decadência das oficinas de Lisboa o fornecimento de azulejos para o Brasil é feito pela Inglaterra, França e Holanda. Mas rapidamente se reconhece que os gostos não são similares e a produção de azulejo em Portugal renasce para fazer frente às encomendas brasileiras.
Com o regresso de um grande número de portugueses ao território, o novo gosto brasileiro vai ser implementado em Portugal, principalmente na região do Porto, surgindo nesta altura as primeiras fachadas revestidas a azulejo suportadas pelos novos métodos de produção semi-industriais e industriais. Este hábito provoca diferentes reacções no território, por um lado é encarado como uma deturpação dos revestimentos que pertencem ao intimismo do interior da habitação – sendo mesmo utilizado o termo “casas de penico”-, por outro lado reconhece-se o seu potencial de valorização estética dos exteriores.
Com a introdução da linguagem romântica em Portugal é dado um maior realce à produção de épocas anteriores, como se pode observar na obra de Luís Ferreira (conhecido também como Ferreira das Tabuletas), que combina os novos métodos com a temática do século anterior, ou de Jorge Colaço com ênfase no historicismo.
Entrando já no século XX são de referir Rafael Bordalo Pinheiro, com produções ecletistas com destaque para o enaltecimento histórico nacional, Paolo Ferreira e Jorge Barradas. Já a meados do século Júlio Resende, Júlio Pomar, Sá Nogueira, Maria Keil com diferentes projectos de valorização urbana, João Abel Manta, Eduardo Nery, entre outros.
Para preservar e estudar a azulejaria portuguesa foi criado o Museu Nacional do Azulejo.
CALÇADA PORTUGUESA
O mosaico português (ou pedra portuguesa, como é conhecido no Brasil, ou calçada portuguesa, como é conhecido em Portugal) é um determinado tipo de revestimento de piso, utilizado especialmente na pavimentação de calçadas e de espaços públicos de uma forma geral.
Consiste de pedras de formato irregular, geralmente de calcário, que podem ser usadas para formar padrões decorativos pelo contraste entre as pedras de distintas cores. As cores mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o marrom e o vermelho. Em certas regiões brasileiras, porém, é possível encontrar pedras em azul e verde. Em Portugal, os trabalhadores especializados na colocação desse tipo de calçada são os mestres calceteiros.
Em Portugal, de onde é originária, a calçada portuguesa surgiu no século XIX e é amplamente usada no calçamento de áreas pedonais. No Brasil, foi um dos mais populares materiais utilizados pelo paisagismo do século XX, devido à sua flexibilidade de montagem e de composição plástica. Sua aplicação pode ser aferida em projetos como o do calçadão da Praia de Copacabana (de Roberto Burle Marx) ou nos espaços da antiga Avenida Central, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.
Em 1842 o comandante do Caçadores 5, Eusébio Pinheiro Furtado, notando a preguiça dos seus militares, pô-los a revestir a parada do batalhão com pedrinhas pretas e brancas inventando a calçada portuguesa.
Lisboetas, turistas e pendulares calcam apressadamente ondas do Mar Largo, caravelas, caranguejos, golfinhos, sereias, estrelas-do-mar, rosetas, lagartos fantásticos, florões e tapetes dos mais variegados formatos; obras dos nossos calceteiros-artistas quais poetas que inundaram com os seus mares de pedra as praças e artérias principais da nossa cidade com a sua dura poesia.
Nem sempre os alfacinhas reagiram assim. Quando começaram os primeiros trabalhos de calçada portuguesa juntavam-se magotes de povo que se surpreendiam com esta nova arte esculptórica. Com o passar dos anos, fez escorregar esta admiração para o esquecimento e os transeuntes pelas calçadas... a pedra desgasta-se ao longo dos anos com o polimento diário feito por milhares de botas cardadas ou não, saltos aguçados que vão picando a pedra, carrinhos nascidos de variadíssimas invenções; sim, porque o Lisboeta orgulha-se de outro tipo de arte citadina: o desenrasca – palavra que foge ao purismo da língua mas de grande uso diário...
O velho provérbio «santos de casa não fazem milagres» poder-se-à também aplicar à divulgação da arte existente na calçada portuguesa; em 22 de Setembro de 1945 a revista Século Ilustrado publica um artigo de Judith Maggioly intitulado «Repare onde põe os seus pés» aconselhando «…baixe um pouco os olhos e repare que está pisando estrelas, peixes, flores, liras, pássaros…»
Após este primeiro convite público muitos outros jornalistas e fotógrafos nacionais e estrangeiros se surpreenderam com a nossa calçada e desde essa época revistas e jornais das mais variadas partes do mundo escrevem, fotografam e encantam-se com esta arte tipicamente lisboeta.
A arte-do-calcário-e-basalto começa a espraiar-se por um mar de países devido, em parte aos seus tons sóbrios que se integram facilmente no ambiente envolvente.
Painéis calcetados tornam-se obras de arte e pertença desses povos que os tratam com carinho, preservando-os com cuidados que nada têm a ver com o atirar pedregulhos para o lado ‘porque estão a estorvar a passagem...’, sendo-lhes indiferente que pedras facetadas e partidas manualmente pertençam a um painel.
Variados episódios poderiam ser relatados; irei referir apenas um por ter acontecido há pouco tempo e ainda não ter visto o seu registo: um português ao pisar um painel de calçada à portuguesa feito em homenagem a John Lennon no Strawberry Fields do Central Park of New York, foi surpreendido por um grupo de norte-americanos que lhe explicava que era uma obra de arte pintada a negro e como tal não se poderia pisar. O polícia presente declarou que não estava previsto na lei qualquer penalização, mas efectivamente ninguém o fazia. O nosso português lá repôs a verdade dos factos...
Poderemos sintetizar desta maneira a arte do calcetamento:
· Nasce da abstracção da cor recorrendo apenas ao contraste;
· Sobrepõe o rigor do ornato ao sugestivo do desenho;
· Tende para a vasta dimensão em vez de se cingir ao motivo restrito.
· Possui um sentido estético e utilitário que nunca satura os olhos porque surgem sempre inéditos conforme o ângulo de que se observem.
· Morre tardiamente: a sua morte prematura deve-se somente à incúria de quem deveria zelar pelo seu Património.
À arte da calçada portuguesa poder-se-ia aplicar o libelo que Alexandre Herculano usou para os monumentos:
«Erguer-se-ão rusmas de nabos, de couves e de alfaces no lugar do monumento. E que é, com efeito, neste século egoísta, indiferente positivo, um monumento a par de uma jiga de hortaliças, que é uma recordação de D. Fernando e de D. João I a par de um bem criado repolho.»
in Alexandre Herculano, «Os Monumentos II»
SERÁ QUE A HISTÓRIA SE REPETE?
A 29 de Abril de 1944, morre Bernardino Luís Machado Guimarães, terceiro e oitavo presidente da 1ª República Portuguesa.
Nasceu no Rio de Janeiro em 28 de Março de 1851, filho de pai português António Luís Machado Guimarães e de mãe brasileira, Praxedes de Sousa Ribeiro Guimarães. A família regressou a Portugal em 1860 e vai viver para uma povoação do concelho de Vila Nova de Famalicão chamada Joanes. O pai receberá o título de 1º Barão de Joanes. Bernardino Machado tinha uma figura aprumada, sempre com o farto bigode e barba bem aparada, que no fim da vida, já muito velhinho, deixava crescer como uma "trepadeira selvagem."
Ao atingir a maioridade, em 1872, Bernardino Machado optou pela nacionalidade portuguesa. Casou, em 1882, com Elzira Dantas, filha do Conselheiro Miguel Dantas Gonçalves Pereira, e teve dela 18 filhos. A mulher de Bernardino Machado viria a ser uma grande colaboradora em tudo e também na sua vida de estadista. Passou com ele as agruras de dois exílios e, durante a 1ª Grande Guerra, foi presidente da Cruzada da Mulheres Portuguesas, que apoiou activamente o Corpo Expedicionário Português em França. Duas filhas suas também participaram. Ela viria a escrever para os netos, em 1934, um livro de Contos.
Bernardino Machado foi sempre um lutador, sem deixar de ser galante, tirava o chapéu a toda a gente que o cumprimentava. Há inúmeras caricaturas sobre este curioso hábito do 3º Presidente da 1ª República, portuguesa como da sua numerosa prole, que inspirou inúmeros desenhos a Rafael Bordalo Pinheiro e a Francisco Valença, entre outros.
Em 1866 Bernardino Machado matriculou-se na faculdade de Matemática, em Coimbra, e no ano seguinte em Filosofia, tendo-se doutorado com apenas vinte e oito anos nessas duas especialidades. Foi, pois, um aluno brilhante e depois professor.
Deputado do Partido Regenerador entre 1882 e 1886 e Par do Reino em 1890, Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, desde Fevereiro a Dezembro de 1893, teve uma acção muito positiva na reformulação do ensino profissional e inovou os sectores da agricultura, comércio e indústria (escreveu mesmo "A Agricultura", em 1899). Desiludido com a Monarquia aderiu ao Partido Republicano Português, em 1903. É a partir desta fase que no seu Partido luta para que este "seja um partido republicano profundamente socialista". No ano seguinte chega ao Directório.
Implantada a República, na qual não participa directamente, será no Governo Provisório Ministro dos Negócios Estrangeiros, por sugestão de Afonso Costa, onde teve uma acção importante no reconhecimento da nova república por parte dos países estrangeiros. Renovou a aliança com a Inglaterra e organizou o primeiro Congresso de Turismo. Amigo do Presidente do Brasil levou a cabo acordos e elevou as Legações no Rio de Janeiro e Lisboa à categoria de Embaixadas, tendo sido o primeiro embaixador de Portugal no Brasil, em 1de Novembro de 1913.
Bernardino Machado, que aderira à Maçonaria, era já Grão-mestre em Julho de 1895. Primeiro Ministro em 1913, num período de lutas partidárias, vem a ser eleito Presidente da República em 6 de Agosto de 1915.
Durante a 1ª Grande Guerra defende a participação de Portugal no conflito. A Alemanha declarou guerra a Portugal em 9 de Março de 1916. Bernardino Machado tentou um acordo de tréguas (uma "União Sagrada") entre os três partidos perante o tão grave período da Guerra, mas sem total sucesso. Foi o general Norton de Matos quem organizou o Corpo Expedicionário cujos contingentes embarcaram para França em Janeiro de 1917.
O período em que Bernardino Machado foi Presidente da República foi de grande agitação social. Desde o início da Guerra, em 1914, que começaram a escassear produtos de primeira necessidade. Quase não havia farinha, nem carvão. Lisboa ficou sem eléctricos, sem luz e sem polícia nas ruas depois da 11 horas da noite.
OS NAZIS RENDERAM-SE EM ITÁLIA HÁ 63 ANOS
A Segunda Guerra Mundial (1939–1945) opôs os Aliados às Potências do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade. As principais potências aliadas eram a China, a França, a Grã-Bretanha, a União Soviética e os Estados Unidos. O Brasil se integrou aos Aliados em 1943. A Alemanha, a Itália e o Japão, por sua vez, perfaziam as forças do Eixo. Muitos outros países participaram na guerra, quer porque se juntaram a um dos lados, quer porque foram invadidos, ou por haver participado de conflitos laterais. Em algumas nações (como a França e a Jugoslávia), a Segunda Guerra Mundial provocou confrontos internos entre partidários de lados distintos.
O líder alemão de origem austríaca Adolf Hitler, Führer do Terceiro Reich, pretendia criar uma "nova ordem" na Europa, baseada nos princípios nazistas da suposta superioridade alemã, na exclusão — e supostamente eliminação física incluída — de algumas minorias étnicas e religiosas, como os judeus e os ciganos, bem como deficientes físicos e homossexuais; na supressão das liberdades e dos direitos individuais e na perseguição de ideologias liberais, socialistas e comunistas.
Tanto a Itália como o Japão entraram na guerra para satisfazer os seus propósitos expansionistas. As nações aliadas (como a França, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América) opuseram-se a estes desejos do Eixo. Estas nações, juntamente com a União Soviética, após a invasão desta pela Alemanha, constituíram a base do grupo dos Aliados.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
JÁ REPARARAM?
Pergunta:
Qual é a mais correcta definição de Globalização?
Resposta:
Morte da Princesa Diana.
Pergunta
Por quê?
Resposta:
Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro, dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas; a princesa foi tratada por um médico americano, que usou medicamentos brasileiros.
E isto foi enviado para você por um Português, usando tecnologia americana (BillGates), e, provavelmente, você está lendo isso num computador genérico que usa chips feitos em Taiwan, e num monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em camiões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por judeus, através de uma conexão paraguaia.
Isto é, caros amigos, GLOBALIZAÇÃO!